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Florestas

As florestas, grandes extensões de terra cobertas com crescimento natural de árvores e arbustos, são a cada ano mais ameaçadas. Sua abundante e variada flora leva milhares de anos para se formar e a perda é inestimável. Florestas e oceanos, além de serem os pulmões da Terra, abrigam uma variedade surpreendente e ainda desconhecida em sua totalidade, de fauna e flora, cuja destruição periódica vem gerando desequilíbrios ecológicos sérios: desaparecimento de algumas espécies de animais e consequente aumento desordenado de outras (pela perda do predador natural) e desertificação (com consequentes perdas na qualidade dos solos, produção de oxigênio, diminuição e desaparecimento dos rios etc). A maior floresta tropical é a Floresta Amazônica, é também considerada a mais rica em flora, apesar de ainda ser pouco conhecida.

A região da Amazônia abriga uma fauna adaptada às condições da floresta: vários mamíferos adquiriram unhas alongadas e em garras, e cauda preênsil utilizada como mão ou para garantir o equilíbrio nos longos saltos. O número de espécies é grande mas as populações pouco densas. Adaptaram-se à abundância de alimento, à temperatura ambiente uniforme e aos regimes fluvial e pluvial (extremamente característicos desta floresta).

Fauna Amazônica

- Peixe-boi, boto-vermelho ou uiara, cachorro-do-mato-de-orelhas-curtas, furão, pacarana, quatiaras ou cutias-de-rabo, ratos-de-espinho, soiás e esquilos, uacarís, parauaçus, cuxiús, macacos-aranha, barrigudos, micos-de-cheiro, macaco-preto, saguis, tamarins, sagui-leãozinho, preguiça-real, cervo da guiana, jupará ou macaco-da-noite, mamíferos de grande porte, enorme variedade de insetos e répteis etc.

As queimadas anuais exercem marcada influência sobre a flora e a fauna da região. Nos meses de seca, os mamíferos realizam pequenos deslocamentos migratórios em busca de alimento e água. Nas estações chuvosas, quando estão alagadas as terras mais baixas, os mamíferos procuram refúgio nas pequenas elevações de terreno conhecidas na região por "ilhas" e "tesos", e que muitas vezes se formam tendo como núcleo um grande cupinzeiro ou termiteiro. Eles procuram também as "veredas", que são afloramentos de água onde crescem palmáceas como o buriti, o carandá, o babaçu. Os frutos dessas palmeiras podem permanecer imersos sem apodrecer durante longo tempo, e até germinar dentro da água.

A Província Atlântica

A Província Atlântica caracteriza-se por florestas costeiras úmidas de montanha e compreende as formações botânicas e a fauna que vai do sul da Bahia aos limites meridionais da Serra do Mar. Aí desembarcaram os descobridores em primeiro lugar. Desconhecidos dos europeus do século XVI, seus animais encheram as páginas de uma zoologia fantástica, a de nossos primeiros cronistas. Sua fauna apresenta algumas semelhanças com a amazônica, explicáveis pela evolução paralela de espécies derivadas de ancestrais comuns, mesmo que tenham se desenvolvido separadamente. São eles:

- Ratos-soiás ou ratos-de-espinho, rato-de-taquara (que pode chegar a medir 55 cm), ratos-do-mato, preguiça-de-coleira ou aipixuna, ouriço-preto, saguis, sagui-caratinga, saguiúna, mico-estrela, macacos, mono, mico-leão etc.

A Província Subtropical

A Província Subtropical inclui a porção meridional do território brasileiro caracterizada pelas florestas de pinheiro do Paraná (as matas de Araucaria), as coxilhas gaúchas e os campos de erva-mate. Desaparece ou rareia na região sul a fauna arborícola de roedores, marsupiais e primatas. Entre os mamíferos encontramos o gambá-d'água; entre os roedores: o rato-do-mato, rato-de-taquara, tuco-tuco e ratão-do-banhado; entre os carnívoros: cachorro-do-mato-pintado, raposa-do-campo ou jaguapintanga, gato-dos-pampas etc.

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