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Os animais na astrologia

 

 

 

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A astrologia é um sistema que propõe uma relação entre os movimentos celestes e a vida na Terra. Surgiu, provavelmente, no sec.II a.C a partir da associação de idéias gregas e crenças das civilizações mesopotâmicas, disseminando-se no mundo romano em nossa era quando migrou também para as civilizações islâmica, bizantina e indiana. A palavra ASTROLOGIA, do grego, sempre esteve associada ao sistema surgido da helenização da 'astrologia' babilônica, cuja forma original era apenas um dos vários sistemas divinatórios mesopotâmicos entre outros.

Hoje, temos que admitir, existem várias astrologias - chinesa, maya, védica... - ou seja, o termo passou a ser aplicado a sistemas de outras culturas que também postulam uma homologia entre as organizações celestes e terrestres (não se pode esquecer que os significados atribuídos a cada uma estão totalmente imbricados na cosmologia específica a cada cultura). Como afirma L.R.Vilhena em "O mundo da astrologia": "- a palavra cosmologia, além de definir um ramo do conhecimento astronômico, é também utilizada em dois outros sentidos. De uma maneira abrangente, define a visão de mundo, a ideologia de um grupo, de uma cultura ou de uma sociedade. Nesse sentido, a astrologia não possui uma cosmologia única... cada corrente astrológica ou cada período histórico agrega ao sistema sua própria visão de mundo que fundamenta a utilidade e os limites de seu emprego... já num sentido mais restrito, cosmologia significa uma definição da composição e da organização do cosmos." Assim vemos proliferar no mundo ocidental, nos últimos 30 anos, as interpretações psicológicas na astrologia, ou astrologia psicológica, o que não acontece por exemplo na India.

Vemos aqui algumas civilizações antigas que construiram um simbolismo astrológico complexo com seus sistemas de classificação. Como foi dito acima, não se pode isolar totalmente as classificações astrológicas realizadas por estas sociedades e as crenças e práticas a elas associadas no conjunto de suas classificações. Permanece sempre a pergunta básica de porque as antigas sociedade tomavam como base para suas classificações as espécies naturais? Lévi-Strauss já deixou bem claro e bem argumentado que a preferência pelo mundo animal e vegetal na construção dos sistemas classificatórios se deve ao fato de que eles "propõem ao homem um método de pensamento" - no caso da astrologia, além de animais e plantas, os movimentos celestes também são "bons para pensar".

Assim os animais estão presentes em todos os sistemas astrológicos, sendo o que talvez mais os enfatiza e expressa é o chinês.

 

 

Astrologia Chinesa

Rato, Búfalo, Tigre, Gato, Dragão, Serpente, Cavalo, Cabra, Macaco, Galo, Cão, Javali (Porco)

Astrologia Zodiacal

Aries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes

Astrologia Védica

(Jataka Desh Marga)

Mesha (bode), Vrishabha (Touro), Mithuna (Gêmeos), Kataka (Câncer - carangueijo), Simha (Leão), Kanya (Virgem), Tula (Libra), Vrischka (Escorpião), Dhanus (Sagitário), Makara (Capricórnio - cabeça de veado e corpo de crocodilo), Kumbha (Aquario), Meena (Peixes)

Mito de surgimento da Astrologia Chinesa

Num certo Ano Novo chinês, mais de cinco séculos antes de nossa era, o Senhor Buddha convidou todos os animais da criação a participar de uma corrida, prometendo-lhes uma recompensa correspondente à sua onipotente e miraculosa mansidão de acordo com a ordem de chegada até ele. Com a alma turvada pelas preocupações do momento - não se diz no Oriente que é próprio do animal comer, dormir, acasalar-se e sentir medo? - quase todos desdenharam o chamado do divino Sábio. Doze espécies, todavia, fizeram-se representar. Pela ordem de comparecimento: o Rato, o Búfalo, o Tigre, o Gato, o Dragão, a Serpente, o Cavalo, a Cabra, o Macaco, o Galo, o Cão e o Porco. Diz-se que o esperto Rato ganhou de todos porque veio montado na cabeça do destemido Búfalo, que vinha à frente. Quando chegaram próximo ao Buddha, o Rato pulou à frente, chegando em primeiro lugar aos pés do Buddha. Para agradecer esses animais, o Buddha ofereceu a cada um deles um ano que lhe seria dedicado daquele momento em diante, traria seu nome, impregnar-se-ia de seu simbolismo e de suas tendências psicológicas específicas, marcando, de tempos em tempos, o carater e o comportamento dos homens que nascessem nesse ano. Assim foi estabelecido um ciclo de doze anos que combina a sucessão e o ritmo desse bestiário fantástico.

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