Perdi um herói

Giordano Maçaranduba

Estava eu lendo o último INTEGRAÇÃO, quando tive a maravilhosa oportunidade de ler um dos mais belos textos do meu amigo Jardel Sebba Filho. O texto era não só poético na forma como também em seu conteúdo. Eu realmente acho que a música brasileira, apesar das influências que tiveram o Forró e o Samba já no seu nascimento ( leia-se for all ou semba), é de péssima qualidade mesmo. Não deve ser ouvida e nem respeitada.

Por que respeitarmos os ritmos que se não são inteiramente nacionais, são os próximos de serem? Afinal vivemos num mundo globalizado. Vamos ouvir algumas bandas inglesas, que embora não passem de praticamente cópias de outras bandas inglesas ou norte-americanas, fazem um som legal e não estamos a fim de ouvir as originais.

Decepcionei-me ao constatar que um dos maiores intelectuais da faculdade, se não o maior, tenha se esquecido que, se o tradicionalismo é o primeiro passo para o fascismo, o preconceito é o primeiro para o nazismo. Meu amigo liberal, ninguém é obrigado a gostar da propriedade alheia, mas é obrigado a respeitá-la. Respeito é bom e não dói nem um pouquinho. Não é à toa que os países desenvolvidos amam as suas tradições: os ingleses amam a monarquia, os franceses a academia e a democracia, e os americanos o país e a democracia.

Mas, como estamos numa democracia, sugiro que no próximo artigo nosso maior intelectual da Facomb funde um partido e venha nos demonstrar as vantagens do nazismo ou do que ele venha a chamar isso. Vantagens com certeza devem ter, pois uma pessoa tão inteligente e iluminada não adotaria um sistema que não fosse bom, viável e ético.

Só me resta realmente constatar que estou mesmo muito abaixo do medíocre por não conseguir perceber nada de aproveitável no artigo do autor mais lido desse jornal (que conta com tão bons autores). Talvez eu desista de escrever para esse jornal, pois não consigo compreender o seu maior autor.

Giordano Maçaranduba é estudante do 4o. ano de jornalismo da UFG.

Mande um e-mail para Giordano Maçaranduba ou para a direção do jornal.

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