Papo de lunático

Eduardo Horácio Jr.

No próximo mês de julho, os 30 anos da chegada do homem à Lua serão comemorados em todo o mundo. Foi, para muitos, o grande evento do século XX.

1969 foi um ano atípico, que sentiu as conseqüências do barulhento ano de 68. A guerra fria ainda estava no auge, já não era realizada apenas na Terra, foi para o espaço. A União Soviética saiu na frente, ao colocar, em 1961, Iuri Gagárin em órbita, mas foi o norte-americano Neil Armstrong o primeiro homem a pisar na Lua em 1969. Pelo menos é assim que conta a história oficial.

Com a chegada do homem à Lua, surgiram aqueles poucos que não acreditavam no feito. Diziam que era tudo invenção. Foram ridicularizados. Não estavam preparados para acompanhar a velocidade do mundo, se dizia. E você? Já parou para pensar seriamente se o homem já foi à Lua?

Pode até ser uma pergunta ridícula, coisa de desocupado. Deve ser. Soviéticos e norte-americanos, no entanto, faziam de tudo para se mostrarem superiores. Será que um deles não seria capaz até mesmo de fabricar uma viagem à Lua? Você duvida?

Tem gente que duvida. Quando os "heróis" ianques voltaram ao nosso planeta, várias fotos do local foram divulgadas. Um "lunático", na época, percebeu que uma delas teria sido feita por um astronauta que nem câmera levou. Ninguém até hoje se pronunciou sobre o assunto. Mas por que nenhuma estrela aparece nas fotos tiradas na Lua? Se o telescópio Hubble pode fotografar as estrelas a partir da Lua, os astronautas não poderiam?

A questão central, entretanto, não é saber se o homem foi ou não à Lua. O melhor é apenas respeitar quem diz que não acredita nessa possibilidade. Toda vez que você ouvir um senhor dizer que o homem nunca foi à Lua, não ridicularize-o. Ele pode até ser um lunático, mas a colocação, por mais absurda que pareça, pode, quem sabe, ser a verdadeira.

Eduardo Horácio Jr. é estudante do 3o. ano de jornalismo da UFG.

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