"Homem primata, capitalismo selvagem"

Claudio Haruo Yamamoto

Aos "tecnófobos", uma má notícia: a Internet é sim uma ampla biblioteca na qual se pode ter acesso a diversos tipos de informação; Com um pouco de paciência e de boa vontade, pode-se acessar a home-page da revista "Isto É" ou mesmo da "Veja". De jornais, há a do jornal "O Globo" ou o do "O Estado de São Paulo".

Por outro lado, é possível perceber a existência de outras localidades nas quais o conteúdo foge do padrão de ética. Estão incluídas neste grupo aquelas páginas que exibem fotografias de atos bizarros de sexo, seja do considerado sexo usual, seja de pedofilia ou até mesmo de zoofilia. Exemplos do primeiro podem ser encontrados tão ou mais facilmente que achar o site de um jornal ou revista de informação acima no início relacionados. Este tipo de conteúdo encontra-se num estado tão avançado de banalidade (não apenas na grande rede) que assusta.

Quanto ao segundo tipo, assiste-se a um show de atrocidades, de modo a causar enjôo aos dotados de estômago mais resistente. São figuras nas quais crianças de até mesmo dois anos expõem seus corpos, ainda verdes, ao ato sexual. É de revoltar saber que tais fatos são, em grande parte, incentivados pelos próprios pais das crianças, e são vendidas para grandes distribuidores de produtos do gênero. De forma análoga, as cenas de sexo com animais são disseminadas pela rede.

Os consumidores desse tipo de produto são das mais diversas categorias: o seu vizinho, o seu irmão, o presidente daquela empresa, você mesmo. Seria esse o fruto de uma momentânea fragilidade humana? É provável que não, pois o ser humano se torna, a cada dia, "menos humano" (que novidade!), chegando ao absurdo do ato de explorar coisas tão insensatas. O ato da FBI de prender simultaneamente pessoas de diversos países que praticavam a venda de fotografias de pedofilia é só o começo, acredita-se, para combater esse mal de que o homem, provavelmente, nunca largará: o da ambição.

Claudio Haruo Yamamoto é estudante do 3o. ano de ciência da computação da UFG.

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