Circo se foi, mas os palhaços ficaram...

Guilhermo A. B. Rivera

Estou escrevendo esta coluna no mesmo dia em que, após 10 anos de ausência, o GP da Áustria retorna ao calendário da F-1. E como tudo mudou em dez anos!! Mudou para melhor. E para pior...

Não que o GP da Áustria de 1987 tenha sido um divisor de águas ou coisa parecida. As mudanças das quais eu falo ocorreram ao longo deste período. Para não ficar parecendo um chato saudosista ou coisa do tipo, vou começar enumerando as mudanças positivas. Aí vão:

- A Fórmula 1 é hoje, talvez, o esporte mais sério e profissional que existe. O que torna difícil que viradas de mesa (como a de 89, quando Senna foi punido para que se beneficiasse Prost e este levasse a taça) ocorram;

- Os investimentos em tecnologia proporcionaram carros melhores e mais seguros;

- O fim da Era Turbo nivelou a competição (apesar de que os altos custos impedem o surgimento de mais equipes);

Acompanhando tudo isso, as televisões também investiram em tecnologia e a F-1 hoje é bastante interessante de ser vista; Em contrapartida houve, ao meu ver, apenas uma mudança, mas ela é considerável: a queda no nível do material humano. Basta lembrar que Prost, Senna, Piquet e Lauda, os grandes nomes da década de 80, são sem dúvida lendas da F-1. E a safra atual de pilotos é tão ruim que nos faz sentir saudades de Patrese, Rosberg, Alboreto, Arnoux e Boutsen, todos medíocres para os padrões da época (justiça seja feita, Schumacher é um grande piloto, mas é o único). Culpa de quem? Sei lá, acho que é apenas uma coincidência. Tomara que a próxima geração seja melhor que esta. Ou então ficaremos com saudades de (ai, meu Deus... ) Barrichello, Alesi e cia.
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Quem pratica outra arte marcial que não o jiu-jitsu só tem a reclamar de sua respectiva federação. A ausência de planejamento e divulgação das artes marciais aqui em Goiás faz com que as academias, vazias, cometam atos de desespero. Dia 5 houve um absurdo campeonato de vale-tudo onde competiram categorias tão semelhantes quanto o tae-kwon-do, a capoeira e o judô. Muitos professores entraram nesta loucura apenas para divulgar sua modalidade (apesar de que muitos neguem... );

Não adianta. Tudo o que já foi feito para se ajudar o Goiás e o Atlético já foi feito. Agora só podemos rezar para que o Atlético não feche e o Goiás não desça; Em compensação, o Vila e o Goiânia estão indo no caminho certo. É só manterem os pés no chão e continuar do jeito que estão, e o nosso Estado poderá ser brindado com dois campeões brasileiros;

Para encerrar: o jiu-jitsu só é bem divulgado por causa da Sportv e, principalmente, da novela Malhação. Nenhum mérito para a Federação, portanto (se é que ela existe...).

Guilhermo A. B. Rivera é acadêmico do 3o. ano de jornalismo da UFG.

Mande um e-mail para Guillermo A. B. Rivera ou para a direção do jornal.

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