FIGUEIRA DA fOZ NO MAPA LAVOS - TERRA ONDE VIVO
ponte da Figueira da Foz sobre o rio Mondego / Figueira da Foz bridge over the river Mondego
forte da Figueira da Foz
Como já
te deves ter apercebido, eu nasci na Figueira da Foz. Não deve ser
difícil saberes mais sobre esta cidade maravilhosa, pois ela é
facilmente encontrada na NET, como por exemplo aqui: www.figueira.com
Se tiveres
mais curiosidade sobre a minha terra natal, vai lá!
As you may have already realised, I was born in Figueira da Foz, a phantastic town near the ocean, in the centre of Portugal. If you care about knowing more, check out this page: www.figueira.com
Figueira da Foz tem no seu total dezoito (18) Freguesias:
ALHADAS
ALQUEIDÃO
BOM SUCESSO
BORDA DO CAMPO
BRENHA
BUARCOS
FERREIRA-A-NOVA
LAVOS
MAIORCA
MARINHA DAS ONDAS
MOINHOS DA GÂNDARA
PAIÃO
QUIAIOS
SANTANA
S. JULIÃO
S. PEDRO
TAVAREDE
VILA VERDE
Eventos de maior relevo na Figueira da Foz:
- CARNAVAL DE BUARCOS
- RONDA DOS CASTELOS CASINO DA FIGUEIRA
- ENDURO - 2 DIAS DA FIGUEIRA DA FOZ
- FESTAS DA CIDADE/S. JOÃO- FESTA DA SARDINHA
- FEIRA COMERCIAL E INDÚSTRIAL
- 5º TRIAL DA FIGUEIRA DA FOZ
- GALA INTERNACIONAL DOS PEQUENOS CANTORES
- MUNDIALITO DE FUTEBOL DE PRAIA
- CONCURSO HÍPICO (AGOSTO)
- FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA ( 2 a 12 SETEMBRO)
- EXPO AVES
Figueira da Foz na Europa:
Das dezoito freguesias destaca-se logicamente aquela em que vivi e na qual ainda vivem os meus pais e alguns familiares:
Lavos, hoje Santa Luzia de Lavos, é uma antiquíssima
povoação situada a sul do concelho e na margem esquerda do
rio Mondego.
Em 1855 foi inscrita no concelho da Figueira da Foz, após ter
sido couto e concelho.
Esta freguesia é hoje a mais populosa do concelho, dela fazendo
parte as povoações de Regalheiras, Santa Luzia, Costa de
Lavos, Armazéns, Bizorreiro, Carvalhais, Franco, Outeiro, Boavista,
Bairro Alto e Casal da Fonte.
Em 1217, aquando da concessão do foral por D. Afonso II, tinha
o nome de “Lavos da Marinha“. Seguidamente, D.Manuel I concedeu-lhe o segundo
foral, já com o nome de “Lavaãos“.
Hoje, a povoação encontra-se situada no cimo da freguesia pois, em tempos remotos, Lavaãos foi submersa pelas areias do mar, o que levou à fixação da população neste local.
Nesta Freguesia referenciam-se várias colectividades, entre as
quais se salientam-se: O Sport Clube de Lavos, Santa Luzia; Centro Recreativo
Cultural de Carvalhais, Carvalhais; Casa do Povo de Lavos, Regalheiras;
Sociedade Artística Musical Carvalhense, Carvalhais; Clube Desportivo
da Costa de Lavos, Costa; Grupo "Os Amigos da Petanca", Armazéns;
Clube Caçadores do Sul do Mondego, Carvalhais; Moto Club do Sul
do Mondego, Carvalhais; e recentemente foi criado um Núcleo da Cruz
Vermelha Portuguesa, Carvalhais. É de salientar que todas estas
colectvidades estão em pleno funcionamento.
Para além destas colectividades também existem o Lar
Nossa Sra. da Luz, Carvalhais e o Centro Social e Paroquial, Santa Luzia.
Devido às particulares condições naturais e climáticas, Lavos e a Ilha da Morraceira são consideradas as mais importantes fontes de extracção de sal do distrito de Coimbra.
Apesar do evidente declínio desta actividade, que levou ao abandono de algumas salinas, com o esforço do povo, o sal continua ainda a ser produzido.
Trata-se de uma paisagem característica, pontuada com as tradicionais
casas de madeira distribuídas ao longo das salinas.
Na Costa de Lavos, continua bem visível actividade piscatória
mas, com muita pena de todos, a arte xávega já não
está em uso.
No verão, a “Costa” ganha outra vida: os barcos, puxados agora
por um tractor, vão ao mar enquanto as pessoas aguardam ansiosamente
a chegada dos pescadores e do fresco peixe, cuja compra é sempre
muito disputada.
Já lá vai o tempo em que a agricultura era a actividade
económica mais importante dos Carvalhais. Depois, os ferreiros ocuparam
um lugar importante produzindo para fora do concelho com toda a qualidade.
Esta pequena indústria vai alargar as oportunidades de emprego,
tendo sido essencial para o desenvolvimento económico da terra,
mas infelizmente encontra-se hoje inactiva.
HISTÓRIA:
Sabe-se que o Couto de Lavos foi doado em testamento pelo Abade Pedro
(falecido em 1100) à Sé de Coimbra. Teve foral de D. Afonso
II, o Gordo, em 11 de Janeiro de 1217 e nele se dá o nome de Lavos
da Marinha; mais tarde teve foral novo, dado em Évora por D. Manuel
I, a 20 de Dezembro de 1519.
Entretanto o povoamento poderá ter sido iniciado em meados do
século XII e do qual se encarregou o Bispo de Coimbra - João
Anaia (1148-1154). Este projectou restaurar S. Julião, S. Paio,
Lavos, Buarcos, Caceira e S. Martinho de Tavarede, distribuindo estas vilas
por sete colonos.
Lavos foi Couto e concelho muito antigo – este formado pela sua freguesia
e pela do Paião. Pertenceu antigamente ao distrito de Montemor-o-Velho.
Criada a comarca da Figueira, no tempo de D. José I, a 12 de Março
de 1771, Lavos separou-se de Montemor. Ao ser elevado a concelho passou
para a comarca de Soure, tendo voltado de novo à da Figueira, em
1853, aquando da extinção de Lavos como concelho.
Foi dentro deste período (1808) que toda a região da
Figueira da Foz foi assolada pelas invasões francesas e desembarque
de inglesses a sul do Rio Mondego.
Ao passar pelo centro de Lavos, o visitante defronta-se com a IGREJA MATRIZ, um edifício do século XVIII, que se situava anteriormente nos Armazéns, devendo-se a mudança para o local actual à já referida submersão do remoto povoado de Lavaãos pelas areias vindas do mar. Deste templo, por sinal, defronta-se uma paisagem magnífica. Na fachada, destaca-se um nicho visivelmente desproporcionado, dada a sua pequena dimensão.
No seu interior, o altar-mor patenteia um retábulo pintado por
Pascoal Parente, representando Nossa Senhora da Conceição.
Na capela lateral da nave central, um retábulo do século
XVIII e um altar do Senhor dos Passos chamam igualmente a atenção.
Na outra capela lateral, no altar das almas, encontra-se a imagem da Senhora
das Dores e Cristo crucificado.
Também nesta povoação encontra-se um cruzeiro
em pedra de Ançã que data de 1895 e tem a inscrição
“Nossa Senhora da Conceição“.
Seguindo para o lugar de Bizorreiro, é de mencionar a CAPELA
DE SÃO JORGE, construção simples de 1618. O seu retábulo
setecentista, que inclui uma escultura de São Jorge do século
XVII, daria nome ao templo.
Nos Carvalhais, a CAPELA DE NOSSA SENHORA DA LUZ tem data de 1759.
No sino está inscrito o ano de 1856.
Na mesma localidade, merece registo o monumento ao ferreiro, edificado
para homenagear a população que, noutros tempos, tão
arduamente exerceu essa ocupação.
Seguindo em direcção ao mar, vai-se ao encontro da humilde
e simpática povoação da Costa de Lavos. Terra de pescadores,
nela se praticava, ainda recentemente, a tradicional arte xávega.
No centro da povoação, uma modesta capela substitui aquela
que à beira-mar, foi destruída por uma enorme tempestade
em 1949. No seu interior, a imagem da Nossa Senhora da Conceição,
padroeira da aldeia.