O que é isso internauta?

Claudio Haruo Yamamoto

Há algum tempo, nós, representantes humanos, temos ouvido falar de termos como informatização, globalização. Qual seria o motivo pelo qual essas palavras têm aparecido com freqüência em publicações de todo o mundo? Estamos na era da informatização, ou melhor, no começo dela. Estamos entrando numa era na qual teremos toda a informação de que precisamos na palma de nossas mãos, ou mesmo com um clique de mouse, na tela de um microcomputador.

Uma das maiores evidências desse fato é o surgimento da maior rede de informações já vista em todo o mundo, a Internet. Quem diria que seria possível ler as notícias logo após elas ocorrerem? Quem diria que seria possível encontrar a letra de uma música dos anos 60 sem ter que tirar as mãos do teclado (ou de um mouse)? Este é um dos resultados da globalização da informação, certamente.

A idéia é, então, de quanto maior a quantidade de informações, maior é o conhecimento, certo? Certamente que não. O que se vê na grande rede é uma farta quantidade de lixo, no sentido literal e nojento que o vocábulo proporciona. Contrastando com a enormidade de informações de extrema ou de muita relevância, nota-se um amontoado de informações inúteis e desinteressantes que só vêm a "dar volume" à rede, sem acrescentar alguma coisa. Pelo contrário: deturpa a idéia inicial da Internet de espalhar informações de extrema importância para que estas não fossem perdidas.

Exemplos deste tipo de informação fútil podem ser encontrados quando menos se espera. É comum encontrar sites pessoais nos quais os autores fazem propaganda pessoal – literalmente – para algum motivo qualquer desconhecido. Talvez para alimentar os seus respectivos egos. Em um site curioso são expostas fotografias de latões de lixo encontradas na Disney, com diversos temas para todos os gostos. O que o leitor diria se eu revelasse que muitos desses sites ganham em popularidade de outros que expõem temas como os quadros de Van Gogh? Será esse fato o efeito do excesso de informação a que estamos sujeitos ou seria o culto à desinformação?

Claudio Haruo Yamamoto é estudante do 3o. ano de ciência da computação da UFG.

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