FERNANDO
WALTER'S PROGRESSIVE ROCK PAGE
OS DISCOS/OS
ARTISTAS
Música, como tudo na
vida, é sujeita a opiniões pessoais (para quem não lembra o
que é isso, ou mesmo não sabe, "ter
opinião" significa formar juízo
pessoal sobre algo, preferencialmente após análise abrangente
da questão envolvida). De qualquer forma, tive o trabalho de
selecionar alguns dos (milhares) de discos que já ouvi, e que em
meu julgamento, representam - parcialmente - o chamado "Rock
Progressivo".
Devo dizer, aliás, que não gosto
desta expressão. Basicamente, porque com muita freqüência
deparo-me com sua aplicação generalizada, sem muitos
critérios.
O que entendo por Rock Progressivo?
Entendo que os parâmetros abaixo podem ajudar nesta definição:
- Criatividade: A utilização de elementos variados
(ritmos, progressões de acordes, arranjos vocais, letras
das músicas, etc.) na constituição de uma obra
musical. Influências de música clássica, jazz,
"música étnica", etc., misturadas ao Rock
tradicional são amplamente usadas.
- Técnica: Bem... músicos devem saber tocar seus
instrumentos. Esse parâmetro, a princípio um tanto
óbvio, passou a ser particularmente importante
principalmente após a "invasão" do chamado punk-rock
em meados da década de 70, seguida por vários
sub-sub-sub-gêneros que pululam por aí até os dias de
hoje (confesso não entender, claramente, todos esses
sub-sub-sub produtos - techno/house/grunge/industrial,
e etc. - e nem sequer diferenciá-los um do outro). Claro
que sempre se pode argumentar, e com toda a razão, que
não se deve considerar como música apenas aquela feita,
por exemplo, por gente com vinte anos de estudos em
Conservatórios. Mas, daí a chamar de
"música" algo cometido
por uma pessoa que aprendeu dois acordes de guitarra há
meia hora atrás
,é no mínimo um monstruoso exagero. Idem, com relação
às "obras de arte" compostas pelos que chamo
de "apertadores de botões", os
"multi-instrumentistas" e seus teclados
fantásticos com suas drum-machines 'arrojadas'. Como
alguém já disse (acho que foi Chris Welch da Melody
Maker) alguma coisa está errada quando você escuta um
disco e acaba realizando uma análise exclusivamente
sociológica, e não musical, sobre o que foi ouvido.
- Originalidade: Claro, evidente, que todos aqueles que
fazem música ouviram, anteriormente, obras que os
direcionaram, inspiraram, despertaram a vocação para
tal. O problema é que criatividade musical (que não é
necessariamente vinculada à competência técnica do
artista) é artigo relativamente raro nas prateleiras. E
esse é um ponto constante de discórdia. Por exemplo,
alguns dos discos ou artistas que são citados aqui podem
não ser considerados "Progressivos puros" por
alguns (por exemplo, Traffic, Bill Nelson ou Roy Wood).
Já o Marillion possivelmente seria considerado por estes
um grupo "progressivo". O Triumvirat também. E
o meu ponto de vista é exatamente o oposto. Até escuto os dois grupos citados,
mas prefiro ficar com os originais (Genesis e Emerson,
Lake & Palmer, respectivamente). Ou, ainda, por
exemplo, com o grupo italiano Locanda delle Fate, que possui profunda influência do
Genesis porém não apela para o pastiche, ou para o
plágio puro e simples.
A questão do plágio, aliás é outro
ponto interessante. Pelos critérios que expus, existem grupos
que oscilaram, ao longo de suas carreiras, entre altos níveis de
criatividade e algo que aqui chamarei de
"auto-plágio-modernoso". Para ser bem franco, quase
todos os grupos progressivos tradicionais caíram nessa arapuca.
EL&P, Jethro Tull, Pink Floyd, Yes, são alguns dos exemplos
mais conhecidos. O que a mim particularmente espanta é que todos
eles possuem (ou possuíam) estilos interessantes, que ofereciam
múltiplas oportunidades em termos de exploração musical -
cujas possibilidades não chegaram a esgotar, antes de abraçar
um enfoque supostamente mais "atual" em suas
respectivas carreiras.
Alguns deles perceberam, acho, este
fato - e lançaram discos essencialmente voltados para os antigos
caminhos. O Yes gravou os albums "Keys To Ascension 1 e
2" - excelentes, bem como o EL&P, com seu último disco
ao vivo. Hummm...ou será que, talvez, assustados pelas fracas
vendas de suas obras mais recentes, tiveram a idéia de fazer
antigos admiradores voltarem a abrir seus bolsos comprando remakes
de seus velhos sucessos?
Não...não deve ter sido isso...estou
enganado, possivelmente...
De qualquer forma, vamos ao que
importa, ou seja, aos discos gravados em uma época e em um mundo que hoje parecem
tão distantes, até mesmo irreais.
P.S.: Não tive aqui a pretensão
(muito menos a paciência e o tempo necessário) de apresentar
biografias verborrágicas, mas tão somente comentários
objetivos (alguns nem tanto) sobre os artistas/discos envolvidos.
Caso haja interesse na obtenção de maiores dados, sugiro que
sejam seguidos alguns dos links apresentados em nossa Página
Principal.
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© (pelo conceito)Fernando J.M. Walter, maio/98
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