O evolucionismo científico perante a Bíblia
É conveniente salientar que a narração bíblica das origens do mundo e das coisas não tem nada a ver com a explicação que a ciência moderna atribui a estes fatos. Ela está conforme a concepção cosmológica popular da época em que foi escrita, para ser entendida por aquele povo. Quanto a nós, não deve nos impressionar a narrativa literal dos fatos, mas devemos apenas retirar dali as idéias centrais ou a mensagem contida na narração. Se atualmente, com todos os subsídios de que dispomos de ciência e de técnica, ainda não se chegou a um acordo sobre as origens, que dizer daqueles que viveram uns 5.000 anos antes de nós?... Enquanto os cientistas divergem em suas pesquisas e afirmações, atualmente a Igreja Católica já aceita o evolucionismo, desde que tenha Deus em seu início.
Conforme os estudos geomórficos, os cientistas procuraram compreender a evolução do planeta e para isto é comum dividir os períodos de formação da terra.
1º. período: pré-cambriano - Anterior ao aparecimento da vida. Há uns 4,7 bilhões de anos, havia apenas uma nuvem de hidrogênio que foi aos poucos se aglutinando, transformando e enriquecendo com outros elementos. Daí, à custa de explosões atômicas foi se compondo, e o hidrogênio se transformou em hélio, que por sua vez se queimou e virou carbono. O carbono é encontrado principalmente em matérias orgânicas. Portanto, a partir daí estamos muito próximo do aparecimento da vida.
2. período: cambriano - Foi quando apareceu a vida, há uns 600 milhões de anos. No início, havia vida no mar, apenas (algas, por exemplo).
3. período: ordoviciano - 500 milhões de anos. Continuação e evolução da vida ainda na água.
4. período: silusiano - 440 milhões de anos. Aparecem as primeiras plantas na terra.
5. período: devoniano - 400 milhões de anos. Época do aparecimento dos primeiros anfíbios, animais que conseguiam viver na água e na terra. Evolução da vida na passagem do mar para a terra.
6. período: carbonífero - 350 milhões de anos. Aparecem outras espécies de árvores. Surgem também os animais invertebrados.
7. período: permiano - 270 milhões de anos. Aparecem os répteis e insetos.
8. período: triássico - 220 milhões de anos. Surgem os primeiros mamíferos.
9. período: jurássico - 180 milhões de anos. Aparecem os grandes répteis, os dinossauros e as primeiras aves.
10. período: cretáceo - 135 milhões de anos. Evoluem as espécies que continuam e desaparecem outras.
11. período: esceno - 70 milhões de anos. Proliferação de espécies de mamíferos, maxime macacos.
12. período: oligocêno - 40 milhões de anos. Aparecem os primeiros macacos sem cauda.
13. período: mivano - 25 milhões de anos. Evolução de algumas espécies de macacos (ex: proconsul, cliopteco).
14. período: plioceno - 11 milhões de anos. Evolução em especial dos macacos.
15. período: pleistoceno – l milhão de anos. Aparecimento dos animais domésticos (cão, cavalo, camelo) e do homem.
Os quatro primeiros períodos formam a era paleozóica; do 5º até o 10º período, a era mesozóica; do 11º ao 14º, temos a era terciária; e do 15º em diante, a era quaternária.
O aparecimento do homem
Com relação ao aparecimento do homem no período pleistoceno, há aproximadamente 1 milhão anos, os primeiros eram um tipo ainda intermediário entre o homem e o macaco. Assim, o primeiro destes hominídeos de que se tem notícia é denominado 'homem de Java', de aproximadamente uns 800 mil anos atrás. Ele tinha apenas 700 cm3 de cérebro. É maior do que o cérebro de um macaco, mas menor do que o de um homem. O outro espécime data de 600 mil anos. É o 'pitecantropo', que também é intermediário e tem 750 cm3 de cérebro.
A partir daí, a ciência não tem ainda dados claros
de como e quando se deu a 'hominização'.
Os estudiosos vacilam entre 400 a 300 mil anos. Deste período não
foi encontrado nenhum espécime, de modo que tudo são apenas
conclusões. Mas sabe-se que à medida que os anos foram se
passando, foi aumentando a capacidade craniana, o polegar foi se distanciando
dos outros dedos e a coluna vertebral foi ficando mais ereta. Até
quando chegou num ponto onde houve aquele "estalo" da inteligência
e da consciência, e o ser intermediário se transformou em
homem. O Neanderthal data de 120 mil anos
e já é homem. O Cro-Magnon é
de 30 mil anos. É do tempo em que o homem começou a utilizar
a caça e a pesca. E o primeiro "homo sapiens",
que é o homem moderno, do qual se tem notícia é de
10 mil anos.
Estes dados científicos, mas não assim
são tão matemáticos. Os meios de que a ciência
dispõe ainda não chegam a uma precisão. Mas a evolução
hoje é uma questão de inteligência. São sinais
que não se notam de uma geração para a outra, mas
que contados os anos em milhões, dá muita diferença.
A ficção científica explora muito o homem do futuro,
que deverá ter uma cabeça descomunal, sem cabelos, o corpo
esguio, sem o dente do ciso e sem sabe lá o que mais... é
preciso esperar para ter certeza. Já o conhecimento de outros antepassados
do homem está a depender de outras pesquisas e descobertas.
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