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BOAS-MANEIRAS E ETIQUETA NA ESCOLA
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O professor (Neste texto sempre substantivo neutro) com certeza sabe que Boas-maneiras na Escola consiste em dar tratamento cortês aos colegas, aos funcionários, e aos alunos, e que essa prática permitirá um convívio produtivo e prazeroso para todos. Sabe que isto inclui cumprimentar os alunos ao entrar na sala de aula e ao sair; pedir “por favor” ao aluno para vir ao quadro ou para responder a determinada questão; falar com clareza e calmamente, em boa altura, sem gritar; vestir-se bem – preferencialmente ao modo conservador; ter sapatos ou tênis bem conservados e limpos, barba feita, etc. Se pretende passar por rebelde e de idéias avançadas e anti-convencionais, o professor deve lembrar-se de que não tem o direito de induzir seus alunos a uma atitude igual à sua, e portanto sua aparência deve ser neutra, sem espelhar ideologias, manias e opções pessoais. Não poderá, como ocorre em certos casos, considerar a sala de aula um feudo onde exercerá poder e influência a seu bel-prazer Na classe deve ser assim – como de resto em todo relacionamento social: o professor jamais ofenderá a auto-estima de um aluno. Com certeza ele poderá lecionar a sua matéria e tratar a todos de modo gentil, ainda que, em certos casos, seus alunos não tenham o mínimo de maturidade pessoal e inteligência para notar a consideração que recebem e, inclusive, pareçam não merecê-la. O mestre reconhecerá em tudo que puder os dons do aluno, e elogiará sua aptidão para a matéria, e seu bom aproveitamento na disciplina que estuda. Infelizmente, o tratamento cortês e sincero que o professor dispensa ao aluno não é garantia de que receberá igual atenção da parte dele e que o respeito mútuo se estabelecerá. * Boas-maneiras são a fonte de sentimentos de auto-estima, tanto pela consideração que a pessoa dá a si mesma como pela sua nobreza em elevar a auto-estima do outro. Daí se conclui o alto poder que têm para evitar ou para sanar conflitos, e porque são importantes para a Escola. Porém, essa disciplina poderá muito mais se estiver aliada à Psicologia Social, que ensina a compreender a motivação alheia e o que é importante para o outro. Compete ao Orientador uni-las na Formação Comportamental como uma força ainda maior para alcançar seu objetivo. A atividade Formação Comportamental compreenderia palestras, Teatro Pedagógico, visitas educativas, redação de textos, ou que outros instrumentos de ensino e demonstração possa utilizar. Quanto a Boas-maneiras e Etiqueta, o programa poderia ser assim dividido: 1) Comportamentos apropriados e inapropriados em público: oportunidades e modos de mostrar consideração com as pessoas tornando isso um prazer para sua própria auto-estima; 2) Cuidados com a limpeza própria e do ambiente. Higiene gripal, equilíbrio de postura, roupas, etc.; 3) Como evitar conflitos através de estratégias de apaziguamento. Evitar irritar o outro, desrespeitar seus direitos, etc; 4) Reconhecimento de seus próprios sentimentos, e como lidar com eles no sentido da equanimidade e de evitar excessiva dependência da consideração e atenção alheias, ou de se impor aos outros; 5) Maneiras educadas e conhecimento da Etiqueta para servir-se à mesa. O item "1" se prestaria como tema de palestras ou a exposições feitas pelo próprio Orientador. Os itens “2” e “5” talvez sejam mais facilmente tratados através de diálogo e com demonstrações práticas, exemplificações de influências culturais na higiene, nas formas de saudação, nos modos à mesa, etc. Os itens “3” e “4” são os mais susceptíveis de aproveitar o Teatro Pedagógico. Uma peça em três atos (apresentação, desafio, solução) é talvez o melhor modo para tratar o problema dos conflitos e permite que se criem cenas de extravasamento de sentimentos como ciúme, raiva, compreensão e compadecimento, como controlá-los. A subordinação dos sentimentos a condições químicas do organismo seria um tema para uma conferência por um psiquiatra.
Conflitos. Para muitos alunos a Escola pode ser a primeira oportunidade de conhecerem o comportamento social que irão aperfeiçoar mais tarde, em sua vida adulta. Os conflitos entre estudantes são como edições resumidas dos conflitos que ocorrem entre adultos em geral – entre empregados de uma grande empresa, na política, na repartição pública, e até no corpo docente e administrativo da própria Escola. Vão desde a maledicência, a intimidação, a ridicularização, a arrogância e o preconceito, até fatos mais graves como formação de quadrilhas ou de gangs, desacato à autoridade, roubo, uso de drogas, gravidez indesejada, aborto, e agressão física. Também as conseqüências são as mesmas: depressão, suicídio, assassinato, hospitalização e prisão. Basicamente, os mais fortes agridem os mais fracos, e estes tentam descobrir um ainda mais vulnerável sobre quem exercer algum tipo de poder. Em cada caso, os conflitos indicam como a pessoa procura alimentar ou defender o seu Ego, e manter a auto-estima que sustenta sua motivação. O intimidador pode não ser o maior e o mais forte dos alunos. Muito freqüentemente é um sujeito de menor compleição física mas com talento para se fazer rodear de outros que lhe emprestam potência. Unidos, fazem chacota aos colegas na lanchonete, empurram e esbofeteiam em alguma sala vazia, no banheiro ou no vestiário, aqueles que entendem que podem intimidar e agredir. Seja como for, é do tipo provocador que os meninos mais fracos e tímidos procuram fugir. O perigo pode ser afastado pela provável vítima se esta consegue seduzir aquele que parece o mais ameaçador, ou um de seus amigos. Uma gentileza feita antecipadamente, que pareça casual e desinteressada, e que não signifique enturmar ou se ligar ao grupo delinqüente, pode ser uma boa estratégia. Por ex:. “Notei sua ausência ontem na aula de Geografia. Se você quiser, eu lhe passo a matéria lecionada”. Esta técnica copia o treinamento de cães, que consiste em fazer que reconheçam a palavra “amigo” repetida junto com o reforço de um torrão de açúcar. Se para os meninos e rapazes a intimidação é a pior forma de hostilidade na Escola, para as meninas a pior é serem rejeitadas por grupinhos de colegas, e o descaso de rapazes pelos quais gostariam de ser cortejadas. Jovens zombadores que se pretendem charmosos escolhem entre as jovens mais ansiosas por amizade e aceitação, aquela que será objeto de risos e cochichos maliciosos.. Esta, devido à sua ansiedade por reconhecimento, simula bom humor no papel de vítima, para ela melhor que estar totalmente excluída. Mas, se na Escola consegue sustentar uma aparência feliz, fora dela cai em depressão, agride os pais nos quais põe a culpa pela inferioridade em que se sente, incapaz de perceber que a verdadeira causa da situação não é que seja diferente, mas sim a sua má interpretação da própria situação. Na verdade o grupo dominante reúne somente aquelas meninas ou rapazes afinados com o sistema criado por eles para lidarem com sua própria ansiedade. Todo o esforço que uma estranha fizer para se integrar será causa de mais zombaria e humilhações. Compreender qual é a verdadeira situação fará cair o encanto e a sedução de que é vítima. Poderá amar o seu isolamento e fazer render melhor o seu tempo, ou criar com outras colegas um sistema independente de mútua consideração e respeito. Solução de conflitos. Contrato escolar. A única autoridade legítima do professor deveria ser sobre a matéria que ele ensina. Não cabe a ele a responsabilidade sobre o comportamento do aluno. Portanto o professor não daria ordens como, por exemplo, para o aluno se retirar da sala de aula. Não pune com notas baixas, mas apenas avalia. O comportamento do aluno deve ser objeto de um contrato entre ele – o aluno, representado por seus pais, se for menor –, e a Escola, É, portanto, essencial que um contrato com cláusulas sobre o comportamento do estudante – cobrindo inclusive o uso correto do material de informática da Escola –, seja assinado no ato da matrícula, mais do que uma simples declaração de conhecer e aceitar as Normas de Funcionamento do Estabelecimento. O contrato assinado pelo aluno e por seus pais com a Escola deve fazer alusão clara ao relacionamento conflituoso, detalhar preconceito, humilhação, agressão, zombaria, colocação de apelidos e, depois de nomear todas as formas de atazanar mento entre colegas, dizer as medidas a serem aplicadas aos infratores, tudo de modo claro e explícito, para que a Direção possa agir prontamente em função dessa cláusula contratual. Como em geral a origem desse comportamento agressivo vem do próprio lar dos delinqüentes, e representa algo vital para ele no universo do suas carências, é pouco provável que haja um discurso eficaz que possa por fim à situação. Por isso as soluções mais drásticas como apelar para a polícia devem ser mencionadas e tem mais probabilidade de suspender a ação do malfeitor que a ameaça de expulsão do estabelecimento. Os pais da vítima devem acionar a Escola no caso do descumprimento da clausula de vigilância e disciplinamento a que a Escola estará obrigada pelo mesmo contrato. Se necessário, e este pode ser o caso de escolas localizadas em áreas de risco, a Direção manterá um Assistente presente em cada sala de aula. Sua atividade, porém, não se estende fora da Escola. com direito a uma guarita blindada, Um segurança armado deve estar postado do lado de fora da entrada, a fim de proteger os alunos contra gangs, vendedores de droga, aliciadores de menores, seqüestradores, etc. Ao “Assistente Escolar” que tenha as mesmas funções do antigo "Disciplinário", compete controlar a disciplina e a movimentação de alunos no âmbito da escola e desempenhar as atividades disciplinares e de segurança que lhe forem atribuídas pela Direção e referidas no contrato de matrícula do aluno. Deve acorrer prontamente a qualquer ponto onde um problema disciplinar se apresente. Rubem Queiroz Cobra Início em 07/03/2008 |
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Nacional.
Para citar este texto:
Cobra, Rubem Q. - Boas-maneiras e Etiqueta na Escola. Site
www.cobra.pages.nom.br, INTERNET,
Brasília, 2008
("www.geocities.com/cobra_pages" é "Mirror Site" de www.cobra.pages.nom.br).
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