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CASAMENTO NO INTERIOR

Página escrita por
Rubem Queiroz Cobra

 

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Casamento no interior. Em princípio, segue o ritual dos casamentos urbanos, mas raramente deixa de ter algum aspecto envolvido com a cultura local. Conforme a região seja mais rica ou mais pobre, esse aspecto tem influências diversas.

Nas regiões mais pobres, o casamento rural tende a ser do tipo “surpresa” – um modo de evitar as despesas de enxoval, decoração da igreja, recepção, cartório, etc. também encontrado nas cidades. Recorrem a este procedimento aqueles que, apesar da pobreza, querem, por sua fé ou por respeito aos costumes, instituir uma família começando pelo marco solene e sagrado do matrimônio, mesmo que celebrado entre apenas cinco pessoas: o sacerdote, o casal, e duas testemunhas. Porém, nas áreas rurais, também é comum os noivos passarem a viver juntos até que os casamentos aconteçam pelo trabalho das missões religiosas, que periodicamente visitam os vilarejos. Os padres promovem casamentos religiosos em massa, após uma preparação de doutrinação e penitência, entre casais que vivem juntos, a maioria com vários filhos.

Devido à inegável importância que tem a família – por se constituir em uma célula de referência mais completa que o indivíduo isolado, quanto aos aspectos da vida social humana –, me parece que o encorajamento ao casamento deveria ser parte das políticas públicas. A igreja por seus próprios motivos, e o Município, poderiam colaborar entre si para fazer o levantamento dos casais inuptos, e estimulá-los ao matrimônio, inclusive com a preparação de recepções como parte da celebração, organizadas através de mutirões. A igreja com certeza dispensaria suas taxas, como acontece já com o cartório de registro civil, por força de lei..

O ponto fundamental das normas em Boas-maneiras é que elas existem para o respeito à auto-estima do outro, e um digno ganho para a auto-estima de quem as observa. Na celebração do casamento comunitário, a festa que resultar do mutirão entre as fanílias dos noivos reunidos em cada promoção, mesmo que seja apenas uma festa modesta, vai iluminar a auto-estima dos noivos, vai integrá-los em uma comunidade que os reconhece e apoia, e pela qual daí em diante eles sentirão ter uma parte de responsabilidade. Não se trata de “sopa para pobres” oferecida de portas abertas. Esta seria uma festa “deles”, os noivos e suas famílias, ou seja, eles indicarão os convidados. Haverão de incluir, obviamente, aqueles amigos que, juntamente com as suas próprias famílias, participaram do mutirão: alguem que tenha doado alguma quantia, ou que tenha contribuido com o bolo, ou trazido uma bandeja de petits fours, ou de salgadinhos (canapés são baratos e excelentes para acompanhar um copo de coca-cola), ou de doces (casadinhos de queijo e goiabada, doce de leite, etc. são os menos dispendiosos), uma garrafa de refrigerante ou jarra de sucos, etc. Os demais convidados com que os noivos completarão a lista serão de sua livre escolha, mas o funcionário ou quem estiver encarregado dos preparativos, deve indicar o número razoável de convidados, com base na disponibilidade de bebidas e comestíveis. No salão da paroquia ou no auditório da prefeitura será montadas as mesas e o encarregado colocará cartões indicando onde se sentarão os noivos e os convidados, com base na lista de registro. É importante que o serviço conveniado entre a paróquia e a prefeitura tenha um assessor para casamentos que possa instruir-se com respeito ao ritual e aos detalhes envolvidos na recepção a ser organizada. Com esse patrocínio, as regras para os ricos valem também para os pobres.

Nas regiões mais ricas, cerimônias de casamento no interior podem ter a mesma complexidade e o mesmo brilho que as realizados no meio urbano de igual nível econômico. Com o progresso instalado no campo através de estradas, eletrificação, telefonia, mais a agro-indústria e a grande difusão do comércio, o luxo que antes somente uma pequena elite conhecia, hoje é encontrado tanto nas fazendas tradicionais, como em milhares de novas pequenas cidades em toda a região mais próspera do país. Nas ex-colônias de outras nacionalidades, a influência das tradições é sempre enriquecedora. E hoje, à calma e à fidalguia que o campo induz no comportamento, as elites rurais adicionam um cuidado com as boas-maneiras e a etiqueta de modo que praticamente em qualquer pequena vila ou fazenda pode-se ter uma bela festa de casamento. Os fotógrafos profissionais são solicitados para registrar em vídeo e fotografia os festejos e podem ter mais lucro em uma missão no campo que em um evento na cidade.

No interior as festas de casamento tendem a ser mais prolongadas, aproveitando-se praticamente toda a tarde até à noite, e por isso geralmente os casamentos são pela manhã, com o seu ritual inserido no ritual da missa. Apesar de que muitas vezes o casamento religioso se realize em uma simples capelinha, ele obedece ao Protocolo, com organização do cortejo de entrada e de saída. A recepção, que sempre é um almoço o mais pródigo que os pais da noiva possam oferecer, terá também sua organização impecável, dentro dos recursos disponíveis. Sem maiores dificuldades poderá ter o menu de uma refeição completa que será servida em bufê ou à francesa por garçons ou por empregadas da casa, no melhor estilo de uma recepção de casamento.

Se for uma só mesa para todos (é comum nesses casos montar-se uma mesa comprida sobre cavaletes), é conveniente que ninguém se sente em suas pontas, mas se observe a disposição francesa dos lugares à mesa, ocupando os recém-casados o centro (na recepção do casamento os noivos sentam-se juntos), a noiva à direita do noivo, a mãe do noivo à esquerda deste, seguida do pai, padrinhos e convidados seus. O pai da noiva à direita da noiva seguida da mãe, padrinhos e convidados seus. Como o padre certamente participará do almoço, ele se senta no lugar de honra que é o centro da mesa oposto aos pais da noiva. De cada lado do padre as esposas das pessoas mais gradas. Para que haja sempre uma alternância homem e mulher, as filhas e filhos dos anfitriões intercalam-se com os convidados mais importantes de sua família, na parte fronteira a seus pais, e as irmãs e irmãos do noivo intercalam-se com os convidados mais grados a partir da posição central, no lado fronteiro aos pais do noivo. Uma pessoa da família da noiva que tenha uma boa caligrafia poderá fazer cartõezinhos com o nome de cada convidado indicando o seu lugar.

Rubem Queiroz Cobra

Lançada em 29-04-2006

Direitos reservados. Texto impresso original depositado no Escritório de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional, o que permite que o Site COBRA PAGES seja citado em qualquer trabalho de divulgação de suas matérias. Para citar este texto: Cobra, Rubem Q. - Noivado. Site www.cobra.pages.nom.br, INTERNET, Brasília, 2003 ("www.geocities.com/cobra_pages" é "Mirror Site" de www.cobra.pages.nom.br).

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Rubem Queiroz Cobra

 

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