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A
região amazônica brasileira, até o final da década de 1960, representava uma grande
massa territorial totalmente desconhecida em termos de seus recursos naturais, não
havendo também controle sobre o uso e ocupação da terra.Com o intuito de promover a
ocupação da região e sua integração à economia nacional, o governo brasileiro
decidiu proceder o reconhecimento da Amazônia e parte ocidental do nordeste brasileiro,
utilizando um método até aquela época considerado não convencional, o imageamento por
radar de visada lateral (Side-Looking Radar SLAR).
A primeira demonstração da utilização de radares de
visada lateral no Brasil foi realizada na região do Quadrilátero Ferrífero, em 1969,
pela NASA.
Baseado nos resultados satisfatórios obtidos, o
Ministério das Minas e Energia (MME) e o Departamento Nacional de Produção Mineral
(DNPM) propuseram um levantamento experimental na região do Tapajós, Estado do Pará,
cobrindo uma área de 44.000 km2.
Antes mesmo da execução do projeto experimental, foi
criado o Programa de Integração Nacional (PIN), que sugeriu a ampliação da região de
abrangência do aerolevantamento para cerca de 1.500.000 km2, englobando grande parte da
região amazônica e a poção ocidental da região Nordeste.
Com o intuito de se conhecer principalmente a cartografia, geologia, vegetação e
natureza dos solos da Amazônia e Nordeste brasileiros, foi criada em outubro de 1970 a
comissão do Projeto RADAM. Em junho de 1971 foram iniciados os vôos para imageamento.
Devido aos resultados alcançados, o Projeto RADAM foi
objeto de duas ampliações, realizadas nos anos de 1971 e 1973, as quais cobriram toda a
região amazônica e a maior parte do nordeste brasileiro. Em julho de 1975, a
responsabilidade pelo mapeamento integrado dos recursos naturais do território nacional
passou a ser do Projeto RADAMBRASIL, que expandiu o levantamento de radar para o restante
do território nacional.
Os projetos RADAM e RADAMBRASIL constituíram-se nos
maiores levantamentos comerciais a nível de aeronave até aquele momento realizado no
mundo. À época de sua execução, o imageamento por radar de visada lateral (SLAR)
mostrou-se de grande utilidade principalmente para o reconhecimento da região amazônica.
Dentre as principais vantagens que levaram à sua utilização, pode-se citar o registro
das feições naturais em imagens ininterruptas e homogêneas, em tempo relativamente
curto e baixos custos.
Somente agora, em 1999, por iniciativa do DNPM e da ADIMB,
os mosaicos de radar são transformados do formato analógico para meio digital,
possibilitando sua ampla utilização no estudo dos recursos naturais do Brasil |