Reações da maconha
Logo que
fumada, a droga passa imediatamente para a corrente sangüínea.Atingindo
os centros cerebrais em poucos minutos.Após usar a
maconha , algumas pessoas sentem-se
abobalhadas, sonhadoras, relaxadas, falantes, confusas, deprimidas, ansiosas
ou com riso descontrolado.
Entre
os efeitos químicos da maconha estão o aumento
do ritmo cardíaco, os olhos avermelhados, os danos pulmonares
e a garganta ou a boca seca . Há também
alteração da percepção do
tempo, redução da memória, perda da concentração
e danos à coordenação motora.
Com o
uso intenso,ocorrem mudanças na forma da pessoa pensar, aprender
e se comportar,além da interferência em diversas atividades
cerebrais importantes, causando oscilações de ânimo
e diminuindo a motivação, bloqueando a memória,
dificultando o aprendizado e a tomada de decisões
podendo também diminuir a fertilidade.
Uma
reação ruim muito comum é
a "reação aguda de pânico", descrita como
um grande medo de ter perdido o controle. Usuários habituais
de maconha descrevem ter dependência
psicológica e dificuldades em limitar o
seu uso por causa da tolerância que se desenvolve
rapidamente.
Estudos
comprovam que o uso prolongado
afeta a memória imediata e a concentração.
A maconha
dá fome e vontade de comer doces. É a famosa "larica" (fome
danada!).
A maconha
pode causar canser,pois a planta da maconha possui substâncias
cancerígenas (como o benzopireno).
Causa
infertilidade,pois é grande a ação
da maconha sobre a mortalidade e a vitalidade
dos espermatozóides. Por isso, o uso da maconha reduz
temporariamente a capacidade reprodutiva do homem. Mas, ao para de fumar,
a situação é revertida.
Efeitos
da maconha:
- Aumento da frequência
cardíaca;
- Olhos vermelhos;
- Boca seca;
- Desinibição;
- Distorção
do tempo e do espaço;
- Alucinações,
com aumento dos sentidos, tais como olfato, tato e gosto, dependendo do
tipo de personalidade do usuário;
- Vontade de rir;
- conjuntivas injetadas;
- apetite aumentado;
- boca seca;
- taquicardia.
Maconha, erva, marijuana, hemp, ganja, são nomes comuns da planta Cannabis sativa cujos efeitos euforizantes são conhecidos a milhares de anos. A planta é um arbusto com até 3 metros de altura, de folhas características, que normalmente é cortada, secada, curtida, picada e enrolada na forma de cigarros ( os baseados). As formas mais potente da maconha vêm da inflorescência e folhas superiores da planta ou do exsudato seco, marron-escuro e resinoso das folhas, conhecido como haxixe.
Historicamente a maconha tem sido usada como analgésico, anticonvulsivante, hipnótico e , principalmente, como euforizante. Recentemente tem havido interesse no uso da droga no tratamento do glaucoma e de náuseas produzidas pela quimioterapia do tratamento de câncer.
Epidemiologia
A maconha é uma das mais antigas e das mais usadas drogas psico modificadoras no mundo É a substância ilícita usada com maior freqüência nos Estados Unidos. Pelo menos um terço da população americana relata o uso da maconha pelo menos uma vez na vida. O consumo teve um aumento muito grande a partir dos anos sessenta, passou por um período de reversão na tendência de aumento de consumo e, atualmente parece haver uma volta ao crescimento do seu consumo entre a população mais jovem.
Neurofarmacologia
O principal componente ativo da maconha é o tetrahidrocanabinol (THC) e seus isômeros. Um receptor específico para o THC foi identificado clonado e caracterizado. Este receptor é uma proteína G inibidora e é encontrado em maiores concentrações nos gânglios da base, hipocampo e cerebelo. Quando fumada os efeitos euforizantes da Cannabis aparecem em minutos, alcançando um pico em 30 minutos e durando de duas a quatro horas. A Cannabis ingerida oralmente ( como bolo ou biscoitos) demora mais a produzir efeitos, porém estes permanecem por mais tempo.
Diagnóstico
e características clínicas.
Os efeitos mais comuns da maconha são a dilatação dos vasos sangüíneos da conjuntiva (olhos vermelhos); leve taquicardia; aumento de apetite ("larica") e a boca seca.
Os critérios diagnósticos definidos pelo DSM-IV para a intoxicação com Cannabis são:
1 – Uso recente de Cannabis;
2 – Alterações comportamentais ou psicológicas mal-adaptativas e clinicamente significativas ( por ex., comprometimento na coordenação, euforia, ansiedade, sensação de lentificação do tempo, comprometimento do julgamento, retraimento social) que se desenvolvem durante ou logo após o uso de Cannabis.
3 – Dois ou mais dos seguintes
sinais, desenvolvendo-se no período de duas horas após o
uso de Cannabis.
4 – Os sintomas não
se devem a uma condição médica geral nem são
melhor explicados por outro transtorno mental.
A intoxicação
por maconha aumenta a sensibilidade a estímulos externos, principalmente
cores, sons e estímulos táteis, isto é, revela detalhes
que seriam normalmente desconsiderados, torna as cores mais fortes e brilhantes
e aumenta a capacidade de apreciação de artes e música.
Os usuários normalmente relatam uma clareza de pensamentos e idéias,
mas a intoxicação normalmente induz à letargia e,
consequentemente a não colocação em prática
dessas idéias. O usuário é um planejador e não
um realizador.
Temas
controversos ligados ao consumo da Maconha:
- Ansiedade, paranóia
e pânico.
- Dependência, abstinência
e tolerância.
- Agressividade
- Efeitos sexuais
- Delirium e psicose induzidos
pela maconha;
- Efeitos debilitantes físicos
e mentais;
- Declínio moral
ou mental;
- Síndrome amotivacional
Usos
terapêuticos:
Foi encontrado uma diminuição da pressão intra-ocular após o uso da maconha, o que pode sugerir seu uso no tratamento do glaucoma. A maconha também pode provocar a diminuição das náuseas e vômitos associados ao tratamento quimioterápico de câncer. Outros usos seriam como analgésico e anticonvulsivante. Em todos os casos a droga ainda tem de provar que seu uso tem alguma vantagem terapêutica sobre as outras drogas comumente usadas para o mesmo fim.
Tratamento:
O tratamento de usuários raramente é necessário. Quando preciso pode-se administrar um benzodiazepínico. Acalmar e retornar a confiança ao paciente durante uma crise costuma ser o único acompanhamento necessário.
O pior problema da maconha pode ser o relacionamento de seu uso com condições de pobreza e miséria, com o tráfico e o crime associado e com o uso concomitante de outras drogas como o álcool, a cocaína, etc.