A construção de uma agenda para a saúde bucal coletiva

Jorge Cordón.

(Texto reproduzido nesta home-page sob autorização do autor)

Tomando em consideração a história da odontologia no Brasil, uma corrente materialista, que deu forma e conteúdo, através da Reforma Sanitária, ao Sistema Único de Saúde, nos termos legais e constitucionais conhecidos, existe. Como tal, também existe a formulação ou construção de um modelo, uma forma distinta de organização da prática odontológica: a prática da saúde bucal coletiva que se apresenta na luta dos espaços políticos que o sistema dominante permite, fazendo-se representar de diversas formas e conteúdos, que sintetizam uma prática de saúde.

Assim sendo, se estima que existe uma práxis social, orgânica à construção de um modelo de saúde caracterizado pela universalidade, a equidade e a integralidade da atenção em saúde bucal, cujos agentes, formados com orientação ecológica, utilizam o método científico para conhecer estruturalmente as características epidemiológicas em que se dão os processos de saúde-doença bucal, que isto o fazem através de uma abordagem, medição e intervenção social democrática e participante, que define as políticas de saúde bucal como fazeres concretos, para resolver os problemas gerais que caracterizam as dificuldade de um espaço social determinado para desenvolver-se plenamente, organizando a prática de tal forma que, consciente e agindo política e estrategicamente, consigam transferir, aplicar e gerir de forma co-responsável, os conhecimentos científicos e tecnológicos acumulados, , os que somados ao saber popular, consigam realizar ações, objetivas e subjetivas, para resolver os problemas encontrados.

Significa intervir positivamente para a população total, hierarquizada e descentralizadamente (rede única de serviços onde os agentes de saúde bucal se inserem de forma crescente em complexidade, de referência e acompanhamento 1a saúde), considerando todos os espaços sociais e seus respectivos movimentos, para que com ênfase coletiva, possa ser promovida uma qualidade de saúde bucal desejada pela sociedade, com prioridade pelas necessidades dos seus problemas mais abrangentes e educadora em todos seus momentos e processos. O que em última instância, coloca à categoria odontológica orgânica ao projeto histórico de qualidade de vida e sociedade que a maioria dos brasileiros anseia.

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