- Data de nascimento : 25 de maio de 1957.
- Local : Vespasiano, MG.
- Temporadas no Atlético : 80-85, 89-90, 94-95.
- Jogos pelo Atlético : 368.
- Gols pelo Atlético : 122.
- Títulos pelo Atlético : 6 Campeonatos Mineiros ( 80-81-82-83, 89 e 95 ), Costa del Sol ( Espanha, 80 ), Torneiro de Paris ( França, 82 ), Torneio de Bilbao ( Espanha, 82 ), Torneio de Berna ( Suíça, 83 ), Torneio de Amsterdã ( Holanda, 84 ). Vice-Campeão Brasileiro em 1980.
- Convocações para a Seleção Brasileira : 12
- Participação em Copa do Mundo : Espanha, 82.
Galo Metal : Qual a melhor recordação que você tem da época em que jogou no Galo ?
Éder Aleixo : O Atlético foi muito importante na minha carreira, não só pelo fato de eu ter jogado mais tempo no clube, mas pelo fato de eu ter me identificado muito com a própria torcida; isso me ajudou bastante. Eu acho que todos os momentos meus dentro do Atlético em praticamente 10 anos foram importantes.
Galo Metal: Como você começou a carreira ?
Éder Aleixo: Eu comecei no América –MG por volta de 1973, jogando nas equipes inferiores aos 14 anos. Fiquei lá até 77, quando eu fui pro Grêmio de Porto Alegre, onde fiquei por 3 anos. Depois, em 80, é que eu vim para o Atlético, trocado com o Paulo Isidoro. Depois disso ainda joguei em vários clubes como Palmeiras, Santos, Botafogo, Atlético – PR, União São João por 2 vezes, Inter de Limeira, por 2 vezes, além do Cruzeiro e do próprio Atlético novamente.
Galo Metal: Quais são as maiores revelações do futebol brasileiro atualmente ?
Éder Aleixo: Bem, atualmente a gente vê aí o Rodrigo da Portuguesa, o Edmundo, que já não é uma revelação, pois já é um jogador consagrado, mas que pra mim é o melhor jogador do Brasil. Eu acho que o futebol brasileiro é muito rico, podem ser formadas várias seleções. No momento eu posso até me esquecer de algum nome, eu falei o Rodrigo porque é um jogador que tem um potencial muito grande, mas há outras grandes revelações também.
Galo Metal: Você pensa em exercer algum cargo no Atlético futuramente?
Éder Aleixo: A gente não descarta possibilidade nenhuma, não podemos falar o que a gente vai fazer ou não. Eu acho que, dentro das possibilidades, quem sabe futuramente...
Galo Metal: Ainda hoje, como é a convivência entre você e a torcida do Galo ?
Éder Aleixo: A minha relação com a torcida do Atlético sempre foi muito boa, até hoje o pessoal tem um carinho muito grande por mim e eu também, da mesma forma, por eles. Eu acho que é muito bom a gente ter esse contato sempre, eu estou sempre indo aos jogos do Atlético, assim como do Cruzeiro e do América, já que, como comentarista esportivo, tenho que estar por dentro de todos os jogos. Mas a torcida do Atlético, sem dúvida, tem um carinho muito grande comigo. No Cruzeiro eu joguei pouco tempo, mas também sou muito respeitado lá, e no América, onde eu comecei, eu acho que também deixei uma boa lembrança.
Galo Metal: Qual o melhor time do Atlético que você já viu jogar ?
Éder Aleixo: Eu sou muito suspeito né, eu acho que no meu tempo a gente tinha um grande time, na década de 80. Nós formamos uma equipe muito boa, mas acabamos sendo eliminados no Campeonato Brasileiro de 80 e depois na Libertadores pelo Flamengo que, naquela época, tinha também um grande time.
Galo Metal: E a seleção de 82 ? O que aconteceu naquela Copa ?
Éder Aleixo: É, realmente foi uma seleção que encantou todo mundo, não só os brasileiros, mas também a imprensa internacional. Eu acho que só no jogo com a Itália que nossa equipe deu um vacilo tremendo, perdemos quando poderíamos até empatar o jogo que estaríamos classificados. Mas foi um jogo em que o Paolo Rossi fez 3 gols e aquilo, na época, pra mim foi uma tragédia. A Itália vinha jogando muito mal e a gente vinha jogando muito bem, sempre vencendo os jogos e eu acho que pra gente foi uma injustiça. Enfim, não ganhamos a Copa do Mundo, mas até hoje é uma seleção marcante na memória de todos.
Galo Metal: Defina o sentimento de ser atleticano e, além disso, fazer parte da história do Clube.
Éder Aleixo: É muito difícil definir, ser atleticano é uma coisa que vem da gente de berço, eu sempre fui atleticano, nunca neguei isso, principalmente pelo carinho que eu tenho pela torcida e a própria torcida por mim. E sobre fazer parte da história do Atlético eu fico muito feliz porque estou sendo sempre lembrado, e a gente vai passar, vai para outro mundo e o pessoal vai estar lembrando da gente. Isso, pra mim, é muito especial.
Galo Metal: Qual a saída para a violência nos estádios ?
Éder Aleixo: Eu acho que é mais a conscientização do ser humano mesmo. O futebol é pra torcer, pra vibrar, não precisa de violência. Barrar menores de 18 anos também não vem ao caso porque é a garotada que dá alegria aos estádios. A torcida organizada é bonita de se ver quando está vibrando, fazendo coreografias, e não na hora da briga e da confusão. Então realmente deveria haver essa conscientização não só no futebol mineiro como no futebol brasileiro porque o importante é o pessoal torcer sem violência.
Galo Metal: E os negócios, como estão indo ?
Éder Aleixo: Hoje o meu negócio é a escolinha de
futebol, são 8 escolinhas ao todo e já estamos abrindo uma
franquia em Sete Lagoas. Hoje a gente tem cerca de 1400 alunos e é
uma coisa que eu gosto de fazer, estou no futebol desde os 14 anos e quero
dar continuidade porque é difícil pra mim pensar em alguma
outra profissão que não fizesse parte do futebol. Então
é uma coisa muito boa estar mexendo com a criançada e, felizmente,
o negócio está dando certo.