Ano III - nº 684 - Sexta-feira, 23, e fim de semana, 24 e 25 de fevereiro de 2001

     
    Cesta básica para trabalhador tem preço médio de R$ 80,29


    A cesta de alimentação do trabalhador (CAT), indicador de preços criado pela Faculdade Batista de Vitória, apresentou um preço médio de R$ 80,29 neste mês. O índice foi calculado com base na pesquisa de 15 produtos - considerados essenciais para a sobrevivência de um trabalhador durante um mês - realizada em supermercados localizados na Região Metropolitana de Vitória.
    "Essa é uma nova modalidade de pesquisa, realizada em supermercados e cuja metodologia é baseada no índice calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese). O CAT verifica o custo da cesta de alimentação individual de um trabalhador, pesquisando preços somente nos supermercados e inclui também dois itens que não fazem parte do cálculo do Dieese, que são a cebola e o ovo de galinha", explicou o coordenador do CAT, o professor de Economia do curso de Administração Geral da Fabavi, Paulo Cézar Ribeiro da Silva.
    A metodologia do CAT determina a realização da pesquisa no penúltimo final de semana de cada mês, com a coleta de preços correspondentes a marcas mais baratas. A amostra é composta por nove supermercados da Grande Vitória (pequenos, médios e grandes).
    O CAT deste mês mostra que o custo da cesta de alimentação corresponderia a 53,2% do salário mínimo atual vigente no País (de R$ 151,00). O supermercado Internacional, que fica em Porto de Santana, em Cariacica, apresentou o menor preço médio: de R$ 77,06.
    Em segunda posição ficou o supermercado Ramos, de Cobilândia, em Vila Velha, com um custo de R$ 77,19. O terceiro lugar, com R$ 77,66, foi ocupado pelo Champion do bairro Jardim Camburi, em Vitória, estabelecimento que integra a rede francesa Carrefour.
    Os supermercados que apresentaram os preços da cesta mais elevados foram o Carone, do bairro Santa Lúcia, em Vitória, com R$ 83,82; o Perim de Vila Velha, com R$ 84,20, e a Rede Show, da Vila Rubim, com R$ 82,50.
    O Boa Praça (Parque Moscoso, centro de Vitória) apresentou uma cesta de alimentação com um custo de R$ 78,39. O São José (centro de Vitória), com um custo de R$ 80,16, e o Extra Bom (Vila Rubim), com R$ 81,64. Esses três foram os estabelecimentos que apresentaram custos próximos ao do preço médio apurado neste mês.
    "Caso o trabalhador optasse em adquirir os produtos mais baratos pesquisados, o preço mínimo da cesta seria de R$ 64,51, mas ele teria de comprar em vários estabelecimentos", disse o professor.
    Os itens com custo mais baixo que seriam encontrados no supermercado Internacional são o arroz, o óleo de soja e a cebola. No Champion, o feijão preto e a batata inglesa. No São José, a farinha de mandioca e a banana prata. No Boa Praça, o leite em caixa, o tomate e o açúcar refinado.
    Já no Ramos, o consumidor encontraria o pão de forma mais barato. Na Rede Show, os preços mais baixos foram os do pó de café e dos ovos de galinha. No Carone, a manteiga e, no Perim, o frango congelado.
    A pesquisa de preços dos 15 produtos que compõem o CAT foi executada por estudantes do primeiro período do curso de Administração Geral da Fabavi.


    Hérica Lene
    hericalene@gazetamercantil.com.br

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