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Poesia de João Joaquim
da Silva Guimarães, pai de BG
Buena-dicha
Madrigal
Trazem, Marília bela,
As moças todas no sinal da palma
Retratada sua alma,
Seu coração, seu fado, sua estrela.
Chamam-lhe -- buena-dicha --
E a sorte a lê-la me ensinou prolixa.
Nesses, que tens, dispersos
Raros emblemas pela mão mimosa,
A ciência segredosa
Muitos fados descobre em ti diversos!
Ou és feita de outra arte,
Ou a tua alma em outra já tem parte.
Seja o que for, sem medo,
Já que queres saber tua ventura,
Eu dessa formosura
Fiel te explicarei todo o segredo,
Tu já não tens mais fado,
É o meu que vejo nessas mãos traçado.
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João Joaquim da Silva Guimarães, segundo o seu
filho Bernardo
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