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Homepage
elaborada no âmbito da Acção de Formação
A
Internet na Escola: Novas Pedagogias para uma Sociedade em Mudança
CENTRO
DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE ESPINHO
"Something's
lost behind the Ranges. Lost, and waiting for you. Go!"
(Rudyard Kipling)
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Da Geologia no Sistema de Ensino
Esta webpage
surgiu
como side effect da necessidade de "créditos" de formação
para a progressão na Carreira Docente do Ensino Básico e
Secundário.
Na ocasião,
pareceu uma boa ideia optimizar a carga horária indispensável
à creditação com a produção, ainda que
temporária, de (mais) um sítio de afloramento
ou intrusão geológica, capaz de aumentar, ainda
que infinitesimalmente, a entropia do "éter" comunicacional global.
Num plano ideal, poderá vir a servir de local de discussão e troca de informação sobre o verdadeiro papel da Geologia bem como sobre a sua real importância nos planos curriculares em vigor nos Ensinos Básico e Secundário.
Além disto,
as modificações dos curricula que se anunciam exigirão
uma opção determinada dos professores de Geologia pela "autodeterminação"
ao nível dos grupos disciplinares.
Alguns de nós
não são "professores de Biologia" - mais adequadamente,
são
professores de Geologiaque também ensinam Biologia.
E inevitavelmente, ensinamos conteúdos da área de Biologia, para os quais não fomos formalmente treinados, mas que conseguimos dominar com um á-vontade que não encontra reciprocidade na situação análoga dos profissionais do ensino com formação em Biologia (quando se veêm na contingência de ensinar os conteúdos curriculares de Geologia nas disciplinas de Ciências Naturais/Ciências da Terra e da Vida).
Como dizia, rodeado por alunos, um antigo e polémico (to say the least...) professor de Geologia da FCUP a propósito das opções com que se confrontavam os alunos dum 3º ano da então licenciatura em Geologia - Ramo Científico, "...escolham opções de Física, de Química ou de Matemática; se precisarem de saber Biologia, basta comprar um livro e estudar por vocês próprios..."
É claro
que esta perspectiva algo enviesada não é politica nem profissionalmente
correcta.
Mas também
não pretende sê-lo...
Diz-se, por vezes,
que os geólogos reflectem no seu estilo profissional o tipo de país
em que cresceram (McPhee, 1981).
Pois bem, os professores
portugueses das disciplinas das Ciências da Terra reflectem na sua
actividade profissional o tipo de formação que lhes foi dada,
principalmente nos níveis de base.
Essa formação
de base revela uma profunda desconfiança pelo carácter dinâmico
da Geologia, e traduz-se por um ensino encerrado em "definições",
"classificações", quadros-resumo e mapas de conceitos:
- Há uma
tendência generalizada para a fixação das práticas
curriculares no rock-bottom das "planificações".
- As avaliações
são centradas nos temas mais estéreis dos conteúdos
curriculares (tal como acontece aliás nos exames de Geologia
- 12ºAno, inquestionavelmente da rresposabilidade da tutela e que,
por exemplo, "consideram" mais relevante a definição
de abrasão do que o conhecimento dos processos de recuo do litoral).
- Os temas
de Geologia são muitas vezes remetidos para "o mais tarde
possível", na esperança que, entretanto, o ano lectivo acabe...
- Há casos
do não cumprimento de programas com a desculpa do desconhecimento
científico:
Como uma vez ouvi
a uma colega, "...para mim a Tectónica de placas é 'noite'!...".
- Ao nível
do 10ºAno é recorrente um ênfase exagerado e sistemático
na "membrana".
Procedimentos
do género "vamos despachar os Sismos e o Vulcanismo, porque é
preciso ter tempo para 'dar a membrana!'" são comuns e revelam -
para além duma expectativa feminina algo freudiana relativa
ao comportamento da "membrana"... - a ansiedade de ultrapassar os
temas em que a maioria das professoras e dos professores se sentem inconfortáveis.
(Mais texto em produção)
manuelsantosleite@yahoo.com
(Esta página pessoal ainda não está concluída)