OS  FENÔMENOS  ESPÍRITAS
                                  BRUNO  BERTOLUCCI  ORTIZ - bubis@unimes.com.br

 
 
Introdução
 
O berço do espiritismo é atribuído aos fenômenos produzidos pela família Fox, no século XIX. Conta-se que certa vez estranhos ruídos, tais como batidas começaram a se manifestar na casa. Em uma noite a Sra Fox "conversou" com o "espírito", que se comunicava respondendo sim ou não por meio das batidas. Logo o evento ficou famoso, de forma que chamou a atenção de um certo E. E. Lewis, que visitou a família e os vizinhos, e logo após isso, publicou seu livro, que é considerado como a primeira obra espírita, chamado " Relato dos Misteriosos Ruídos Ouvidos na casa do Sr John D. Fox". Posteriormente, ficou evidenciado que esses ruídos haviam sido provocados pela filhas da Sra Fox, com uma maçã amarrada a um barbante, isto é apenas uma brincadeira para assustar sua mãe. Porém diversos estudiosos da época garantiram que certos fenômenos sobrenaturais de fato ocorriam entre os membros dessa família.
Independente da veracidade ou não desses fatos, o importante é que esse evento foi decisivo para o aparecimento dos famosos centros espíritas, onde inúmeros fenômenos psíquicos genuínos foram provocados na metade do século XIX. Sem dúvida que a maioria desses centros eram apenas embusteiros que se aproveitavam da ingenuidade dos curiosos por conversar com os mortos, porém uma série desses fenômenos foram estudados por autoridades ocultistas que testemunharam esses fatos.
As histórias de fantasmas, materializações, efeitos poltergeist e mesas girantes; continuaram a proliferar no século XIX, até que Allan Kardec estudou tais fenômenos e publicou o que seria a " Bíblia" de uma nova seita, chamada por ele de Espiritismo. Suas principais obras foram "O Livro dos Espíritos" e " O Evangelho Segundo o Espiritismo", que sintetizaram a doutrina espírita, que rapidamente atraiu inúmeros simpatizantes.
Segundo Kardec, os espíritos  dos mortos povoam nosso mundo físico e a grande maioria querem se comunicar com os vivos para estes lhes satisfazerem determinados favores que eles mesmos foram incapazes de realizar devido a morte prematura. Além das comunicações mediúnicas, eram atribuídos ao poder dos espíritos, fenômenos como a levitação do médium, a escrita automática e o movimento giratório da mesa.
No caso da materialização, ela ocorria ao empréstimo do médium de seus fluídos vitais, chamado pelo espiritismo de perispírito.
Admitindo a realidade física de tais fenômenos, resta-nos, porém, a dúvida: Seriam estas manifestações causadas realmente pelos espíritos dos mortos?
Em primeiro lugar devemos considerar a incapacidade de uma alma de permanecer no plano físico depois da morte. Só é possível a passagem de espíritos se for aberto um portal entre o plano astral e o plano físico. A famigerada brincadeira do copo nada mais é que uma variação da Tábua de Ouija. Essa tábua surgiu quando Willian Flud a divulgou em forma de jogo em 1899. E em 1966 a Parker Brothers, um fabricante de jogos, adquiriu os direitos. Esse jogo era baseado em relatos de uma antiga tábua usada por Pitágoras no século IV a.c. ; em que esta girava e apontava para caracteres místicos, e o usuário traduzia o significado. O grande problema é que uma brincadeira como esta envolve a invocação de uma entidade, o que permite a abertura de uma portal. Mas por esse portal inúmeras outras entidades podem atravessar, e pelo fato de ser um portal fraco, produzido por intenções banais, o um dos planos envolvidos será o astral inferior. A qualquer entidade do astral, e até mesmo para larvas do plano físico, é fácil tomar a forma que escolher, e esses seres o fazem lendo na mente do médium, ou das pessoas presentes, a forma do espírito chamado. É por isso que não é raro esses "espíritos" pedirem coisas absurdas, e até mesmo sangue, visto que as larvas sentem certo êxtase com sangue.
 
As Materializações
 
As materializações podem ser explicadas por duas teorias:
1- Formas-pensamento criadas pelo médium, que pelo fato de muitas pessoas estarem presentes, a força do médium se multiplica ao ponto de sua imaginação se tornar visível;
2- Ou a real presença de uma entidade astral, que absorve do médium fluidos vitais.
Acredito que a primeira hipótese ocorre com muito mais freqüência, visto que para surgir um espírito é necessário um portal, o que implicaria em uma invocação.
Como já foi dito, o perigo nos chamados à entidades é o fato da possibilidade de outras entidades atravessarem o portal, principalmente se a moral dos presentes forem das mais baixas, que resultará na presença de uma entidade de baixa vibração, incluindo as larvas.
" A mediunidade pode ser: 1-) autodesenvolvida; 2-) motivada por influências estranhas; ou 3-) pode permanecer em estado latente por toda a vida. O leitor deve ter em mente a definição do termo, pois, a não ser que isso seja claramente compreendido, a confusão será inevitável. A mediunidade dessa espécie pode ser ativa ou passiva, repelente ou receptiva, positiva ou negativa. A mediunidade é medida pela qualidade da aura pela qual o indivíduo é envolvido. Ela pode ser densa, nebulosa, nociva, meléfica, nauseabunda para o espírito puro e atrair apenas aqueles seres abomináveis que se comprazem  com ela, como a enguia o faz nas águas turvas, ou pode ser pura, cristalina, límpida, opalescente como a aurora. Tudo depende do caráter moral do médium..." ( H.P. Blavatsky; Ísis Sem Véu, vol II)
Blavatsky demonstra que o caráter do médium, bem como sua intenção, são decisivas no tipo de entidade que irá se manifestar. É preciso deixar claro que a partir do momento em que o médium é um agente passivo, isto é, se põe em transe e se entrega à corrente astral, permitindo que os fenômenos ocorram por meio dele; ele está exposto a grandes problemas de saúde, tanto mental quanto física." É literalmente a obsessão e a possessão; e médiuns que se orgulham de ser escravos fiéis de seus "guias", e que repudiam com indignação a idéia de controlar as manifestações, "não podem contestar o fato de maneira consistente"...Essa mediunidade, benéfica ou maléfica é sempre passiva..." ( Isis Sem Véu, vol II)
Papus e Éliphas Lévi não cansam de alertar quanto aos perigos da mediunidade: " A mediunidade deve ser estudada sob o ponto de vista fisiológico. Ela deriva geralmente da sobrecarga brusca, mais ou menos, de fluido nervoso em um dos três plexos ( cervical, cardíaco ou solar) do grande simpático. Sua produção está ligada ao desequilíbrio entre a produção e o consumo da força cósmica fixada pelo organismo.
Tratamento da mediunidade quando ela se torna perigosa para a saúde." ( Papus, Tratado de Ciências Ocultas, vol II)
A respeito desses perigos, que podem chegar à loucura, Blavatsky explica: " Exauridos por diversas inteligências, reduzidos pela influência predominante dos espíritos - a qual suas naturezas fracas e nervosas são incapazes de resistir - a um estado mórbido, que ao fim se torna crônico, eles são impedidos por essas influências "de assumir outra ocupação. Eles se tornam mental e fisicamente incapazes para qualquer outra atividade." ( Ísis Sem Véu, vol II)
Esses são os prejuízos que o uso da mediunidade passiva podem causar. E piores eles são na proporção direta em que as entidades são de baixa vibração, pois uma vez que estão no plano astral inferior, são mais suscetíveis de se apresentarem no plano físico: " Dizer que todos os espíritos são semelhantes, ou foram feitos para viver na mesma atmosfera, ou que possuem poderes iguais, ou são governados pelas mesmas atrações - elétricas, magnéticas, óticas, astrais, não importa quais -, é tão absurdo quanto dizer que todos os planetas têm a mesma natureza, ou que todos os homens podem ser alimentados com a mesma comida. Muitíssimo mais razoável é supor que, dentre os espíritos, as naturezas mais grosseiras descerão às alturas mais profundas da atmosfera espiritual - em outras palavras, estarão mais próximas da Terra. Ao contrário, as mais puras estarão mais longe." ( Ísis Sem Véu, vol II)
Mas voltemos a questão das materializações. Partindo-se do pressuposto de que realmente trata-se de um espírito desencarnado, a dúvida se volta à capacidade ou não desse espírito de provocar fenômenos físicos. Isto só seria possível se o mesmo tivesse energia condensada suficiente para para tomar a consistência material; isto é, adquirir um veículo de ação para as leis do plano material. Segundo a doutrina espírita, os espíritos possuem essa capacidade e podem provocar manifestações físicas a seu bel prazer. O ocultismo discorda dessa teoria, e estabelece que os fenômenos são produzidos por médiuns descontrolados, e no caso da materialização, ocorre um empréstimo dos fluídos do médium ( aqui se trata de uma materialização espírita, não de uma materialização oriunda de um ritual de Alta Magia).
No caso real de uma materialização, existe possibilidade de se tratar apenas de uma forma-pensamento. "Assim como Deus cria, também o homem pode criar. Dando-se uma certa intensidade de vontade, as formas criadas pela mente tornam-se subjetivas. Alucinações, elas são chamadas, embora para seu criador elas sejam tão reais como qualquer outro objeto visível o é para os demais. Dando-se uma concentração mais intensa e mais inteligente dessa vontade, a forma se torna concreta, visível, objetiva..." ( Ísis Sem Véu, vol I)      
Blavatsky, que testemunhou uma série de fenômenos ocultos, descreve uma demonstração:
" A autora, certificou publicamente ter visto essas formas materializadas. Nós o fizemos e estamos prontos a repetir o testemunho. Reconhecemos tais formas como as representações visíveis dos conhecidos, amigos e mesmo parentes. Em companhia de muitos outros espectadores, ouvimo-las pronunciar palavras em línguas desconhecidas não apenas do médium e de todos, exceto nós, mas, em alguns casos, de quase todos, senão todos os médiuns da América e da Europa, pois eram os idiomas de tribos e povos orientais....Não obstante, essas figuras não eram formas das pessoas que elas pretendiam ser. Elas eram simplesmente os seus retratos-estátuas, construídos, animados e operados pelos elementares ( denominação usada por Blavatsky para designar entidades de outros planos)." ( Ísis Sem Véu, vol I)
Nota-se o fato do médium ter falado línguas que apenas Blavatsky conhecia, mas não línguas desconhecidas por ela. Esse fato, somado à forma-estátua do espírito materializado, pode indicar que na verdade, a materialização era uma forma-pensamento, sob influência de todos presentes, incluindo Blavatsky; o que permitiu ao médium a pronúncia de idiomas orientais. A forma-pensamento, pode se ligar ao inconsciente dos presentes e relatar desde fatos que só a pessoa sabe, até tomar formas segundo os agrados e desagrados dos presentes.
A respeito das formas-pensamentos materializadas, eis um relato de primeira mão do ocultista, que foi  membro importante da Golden Dawn, o Sr J. W. Brodie-Innes:
" Mandaram-nos sentar em volta de uma mesa, da maneira de costume; as luzes se apagaram e cantamos um ou dois hinos. Durante longo tempo, nada aconteceu. Depois, vi claramente, no corredor diante de mim, uma luz tênue, que gradativamente assumiu a aparência de um rosto distinto. Sei muito bem que poderia ter imaginado que era uma pessoa conhecida minha, mas de fato não o fiz. Pensei apenas que aquilo era, patentemente, uma máscara de gaze com tinta luminosa. Só não conseguia perceber como fora parar ali ou como estava suspensa. Estava perto de um pilar e pareceu-me que, se me movesse um pouco para a direita, veria como aquilo fora feito. Imediatamente, como em resposta ao meu pensamento, a coisa se mexeu para a direita. Isto me pareceu estranho, e comecei a desejar que se mexesse para a esquerda, o que aconteceu imediatamente. Pasmo, cochichei a uma senhora que estava ao meu lado, dizendo que a coisa parecia mexer-se de acordo com a minha vontade. Ela replicou: ' É claro que sim. Gostaria de ver mais de perto?' Eu disse que sim, que naturalmente gostaria muito, e imediatamente aquilo aparentemente escorregou e desceu até a mesa, logo à nossa frente, passando sobre minha mão e dando-me a sensação de uma névoa úmida. As feições, para mim, tanto quanto pude discernir, pareciam as de um homem calvo, de barba branca; mas uma senhora que estava três ou quatro lugares adiante declarou que vira claramente o rosto de sua mãe. De imediato, o médium pôs-se a falar, numa trêmula voz de falsete, sobre um assunto trivial; uma senhora declarou que se tratava de uma mensagem de sua mãe, cuja autenticidade não punha dúvida...
Deixando o recinto, andei um pequeno trecho do caminho com a senhora que s sentara ao meu lado e que parecia familiarizada com o círculo e seus procedimentos.
- Que era aquilo - perguntei eu, aquele rosto que vimos?
- Apenas uma forma-pensamento - respondeu ela - Ele pensou e ela apareceu.
- Mas aquela outra senhora tomou-a por sua mãe e, para mim, parecia um homem.
- Na verdade não se parece com nada. Mas o pensamento de qualquer pessoa pode modelá-la. Talvez o espírito da mãe dela tenha se apossado daquela forma. Ou talvez estivesse tudo na mente subconsciente daquela senhora. É bem provável que a mensagem tenha sido a lembrança contida na própria memória dela, alguma coisa que a mãe dissera em vida. Isso acontece com freqüência.
- Então a senhora não crê totalmente nos espíritos dos mortos?
- Totalmente, não. Pode ser. Mas há outros modos de dar explicação para as coisas que acontecem...
Isto indicou uma teoria nova para mim, na qual antes não havia pensado: isto é, que um pensamento forte, ou uma imaginação, pudessem realmente criar uma imagem visível e tangível. Isto pareceu-me uma possível pista para muitas coisas. " ( S. L. McGregor Mathers & J. W. Brodie-Innes; O Feiticeiro e seu Aprendiz; Organização e Introdução R. A. Gilbert)
Durante muito tempo Brodie-Innes pesquisou e analisou fatos semelhantes em diferentes círculos espíritas. Ele não descartava a possibilidade dos espíritos, mas buscava uma prova concreta que determinaria, sem dúvida, que se tratava de um espírito. "Médiuns em transe, continua o autor, transmitiram-me mensagens de amigos falecidos, enunciadas em frases familiares, no próprio tom e modo da pessoa de quem supostamente procediam e aludindo, às vezes, a acontecimentos conhecidos por mim e por mais ninguém. Disseram-me que iso era bastante convincente. Que mais eu poderia querer? Nunca, porém, um médium profissional me disse algo que, consciente ou subconscientemente, não estivesse em minha própria mente. Poderia ser uma recordação esquecida, ou quase esquecida, de algo há muito acontecido. Mas estava lá. Em vão pedi que me dissessem algo que não pudesse estar na minha mente. Isto, aliás, me aconteceu, mas não foi dito por um médium nem insinuava ser uma comunicação dos mortos."( S. L. McGregor Mathers & J. W. Brodie-Innes; O Feiticeiro e seu Aprendiz; Organização e Introdução R. A. Gilbert)
 
Fenômenos Físicos
 
Entre as explicações, para os fenômenos poltergeist e levitações, o ocultismo aceita que são causados por um influxo de energia que se utiliza do médium. Em outras palavras, não se trata do poder do médium, isto é, a força não vem dele, mas ele é capaz de acumular força das pessoas presentes, e dispersar esta energia, sem o controle sobre os efeitos. Nesse caso é um médium passivo, raros são os que conseguem controlar perfeitamente os fenômenos de telecinésia. " Essa força....que podemos chamar de psíquica ou de qualquer outra coisa, procede por meio do médium individual, e não a partir dele. Se procedesse dele, esta força seria gerada no médium e podemos mostrar que não é isso o que acontece; nem nos exemplos de levitação de corpo humanos, de movimentação de móveis e de outros objetos sem contato, nem naqueles casos em que a força apresenta razão e inteligência. É bastante conhecido dos médiuns e dos espíritas o fato de que quanto mais passivos forem os primeiros, melhores serão as manifestações; e de que cada um dos fenômenos  mencionados acima requer uma vontade consciente predeterminada. Em casos de levitação, deveríamos acreditar que essa força autogerada elevaria do solo a massa inerte, dirigi-la-ia pelo ar e a recolocaria no solo, evitando obstáculos e, em consequência, apresentando inteligência, agindo automaticamente, permanecendo o médium passivo durante todo o tempo." ( Ísis Sem Véu, vol I ) 
A força psíquica, que é a luz astral em uma forma mais grosseira, quando condensada e dirigida, pode provocar todos esses fenômenos; entre os quais podemos citar:
 
- Movimentar objetos mais ou menos pesados. Com um constrangimento, consciente, ou incosnciente, alguns médiuns são capazes de estourar copos, pratos e objetos semelhantes;
- Podem obter visões de clarividência, e até ler os pensamentos das pessoas presentes. Isso pode ser também incontrolável, como em casos em que se acha que é um espírito falando quando na verdade trata-se apenas de uma leitura do inconsciente de uma das pessoas presentes;
- Com o poder da imaginação, tornar tangível e visível, formas-pensamento; e em alguns casos pode até mesmo provocar alucinações em outras pessoas.
 
Nos casos em que há um descontrole excessivo dessa força, onde a perda é muito maior que a absorção, o médium pode provocar fenômenos físicos diversos inconscientemente, os famosos poltergeist.
Segundo Papus, normalmente um homem absorve certa quantidade de energia astral do ambiente( cada pessoa possui, consciente ou inconscientemente, uma fonte de onde absorve essa energia, seja por meio de meditação, ouvindo música, descansando e etc...). Dessa energia que absorve, metade dela se fixa nos órgãos nervosos, onde os principais centros são o cerebelo, o plexo solar, plexo cardíaco e o plexo cervical; e a outra metade é eliminada no ambiente. De fato, quem é capaz de sentir essa força correndo pelo corpo, sentirá, quando forçá-la, ela originando-se na região anterior da cabeça e se distribuindo pela coluna espinhal. Conforme a pessoa se concentra em determinada parte do corpo, é possível sentir a energia nervosa pulsar nessa região. Dessa forma, concentrando-se na mão, em alguns minutos, é possível sentir a energia nervosa ali acumulada. Uma vontade forte, capaz de dirigir essa energia em determinado foco é a base do magnetismo. Nos casos onde uma pessoa libera no ambiente mais do que foi capaz de absorver, ela certamente vai ser um vampiro astral, pois o ambiente não basta para compensar sua perda excessiva. Quando essa perda é muito intensa, os fenômenos físicos podem acontecer.
"Assim, eis uma casa onde, de repente, se produzem fatos estranhos. As campainhas tilintam sozinhas durante a noite, objetos maus condutores de eletricidade movem-se, sem força visível aparente, ou são estilhaçados, grandes móveis trocam de lugar, e ás vezes, ouvem-se vozes. Essa é o tipo de casa assombrada. Em geral, estes acontecimentos são devidos a presença de um ser humano que, consciente ou inconscientemente, perde sua força psíquica. Trata-se de um médium e de um caso em que os espíritos têm pouco a ver. As leis colocadas em jogo são geralmente as da eletricidade, pois a força psíquica, em seu deslocamento segue mais ou menos as mesmas leis que o fluido elétrico. A casa assombrada é, pois, o primeiro estágio do estudo das forças medianímicas em que o ser humano age como gerador* ( Blavatsky defende a tese, como visto acima, segundo a qual o médium é apenas um veículo, não a real fonte da força) de força psíquica. Na ocorrência, o médium está quase sempre inconsciente e a maior parte dos fenômenos se produz quando o tal médium está acordado. É rara a intervenção de forças inteligentes  exteriores nesses casos de casas assombradas, a não ser pela ação de bruxaria". ( Papus, O ABC do Ocultismo) 
 
"Algum desses fenômenos podem ser atribuídos a seres extraterrestres, mas eles são raríssimos e a maior parte dos fatos revela unicamente a ação de um médium ou gerador de força psíquica e dos assistentes, como guias ou dominadores desta força". ( Papus, Tratado de Ciências Ocultas, vol II )

 

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