APRESENTAÇÃO
Após o término da chamada etapa bipolar conhecida popularmente como “guerra fria”, fortalecido o imperialismo ianque dá início à “guerra prolongada de baixo impacto” que combina a recolonização econômica dos “povos periféricos” com ataques e ocupações militares aos países imperialistas. Sem o contraponto militar do Pacto de Varsóvia e da URSS, a hegemonia ianque é absoluta e a reação das massas é difusa e em muitos casos recorrendo a meios e instrumentos políticos “não convencionais”. Mal pôde comemorar o ingresso da supremacia da “nova ordem mundial”, o imperialismo ianque é humilhado em 11 de Setembro de 2001, desencadeando como resposta o recrudescimento de seu curso belicoso, batizado como “Guerra Mundial ao Terrorismo”. Como podemos aferir, apesar de curto, o período histórico no qual a LBI debutou, este foi bastante intenso, combinando a transição da contra-revolução no Leste europeu até a “guerra contra o terrorismo em escala mundial. Mas o importante não é só descrever cronicamente a etapa da luta de classes, é fundamental marcar posições e intervir na realidade nacional e internacional. É exatamente o calibre político das posições revolucionárias assumidas pela LBI ao longo destes dez anos que atestam, na prática, seu caráter bolchevique leninista. Nesta nova edição de Marxismo Revolucionário (MR) apresentamos, de forma inédita, a intervenção do camarada Cristóvão Campos, na abertura da IV Conferência Nacional da LBI, onde aborda de forma magistral o que afirmamos sinteticamente acima. MR traz aos nossos leitores uma ampla cobertura da conjuntura latino-americana, incluindo uma análise rigorosa da profunda crise política da frente popular no Brasil. No marco da ascensão dos chamados governos de “centro esquerda” em nosso continente. Apesar de sua modesta contribuição teórica, MR se consolidou como uma verdadeira referência política-programática para a esquerda trotskista mundial, não pela genialidade de seus editores, mas sim pela coerência e firmeza de suas posições e análises ao longo de seus oito anos de vida, revelando o imenso acerto político da decisão da LBI em dar início a este projeto editorial. Longa vida à MR!
Os Editores
|