EDUCAÇÃO E UNIVERSIDADE

Abaixo a Reforma Universitária privatista de Lula-UNE-FMI! Garantir vaga a todos os filhos da classe trabalhadora através da estatização do ensino privado!
Passe-livre já!

No governo que mais cortou verbas da educação, a UNE transformou-se numa sucursal do MEC. Se a era FHC deixou as universidades em situação falimentar, Lula resolveu liquidá-las em favor da privatização completa do ensino. Logo no primeiro ano, cortou recursos para a educação na ordem de R$ 341 milhões; no segundo, de R$ 630 milhões; no ano passado o corte chegou a R$ 1 bilhão; e em 2006, atingiu a marca de R$ 1,6 bilhão! Parte das universidades públicas, além de não ter professores nas salas de aula, já não está conseguindo pagar água e luz!

Enquanto isso, Lula, além de manter a lei de mensalidades pró-tubarões instituída por FHC, impõe uma Reforma Universitária privatista que transfere através de subsídios e isenções fiscais as verbas públicas para as universidades privadas. O Estado arca com os custos das vagas da universidade privada que estavam ociosas dado ao alto preço das mensalidades. Sob a propaganda enganosa, o Programa Universidade para Todos (ProUni) instituído por Lula propiciou uma renúncia fiscal que irá gerar um déficit de R$ 266 milhões em 2006!

A maracutaia do ProUni em favor do ensino privado, bem como a redução de recursos e vagas nas universidades públicas, é camuflada com a demagogia das cotas étnicas e sociais para o vestibular e a isenção de mensalidade. Além de patrocinar os tubarões do ensino, esta política implementada pelo governo Lula e defendida pela UNE e pelas ONGs divide a luta dos estudantes pelo acesso ao ensino, jogando uns contra os outros na disputa de uma quantidade miserável de vagas subsidiadas dentro do ensino privado, ou restritas dentro das universidades públicas, enquanto a esmagadora maioria de jovens trabalhadores é cada vez mais excluída do acesso ao ensino superior.

Apesar de todo “amparo” estatal, a miséria crescente das massas e especialmente a pauperização da pequena burguesia no governo Lula levou o ensino privado a uma crise sem precedentes. A principal universidade particular do país, a PUC-SP, sofreu a intervenção da cúpula da Igreja Católica brasileira. Em conluio com os bancos Real e Bradesco, a quem diz dever R$ 82 milhões, demitiu 30% dos professores e funcionários, alegando contenção de gastos para pagar os banqueiros, intensificando, assim, a extorsão dos estudantes com mensalidades que ultrapassam mil reais, com a diferença, agora, que muitas turmas estão sem aulas e sequer são avaliados os pedidos de bolsas.

Diante da crise do sistema capitalista e da ofensiva pró-imperialista de Lula, de entregar as universidades públicas aos monopólios da “educação” e sustentar os tubarões de ensino com verbas públicas, a tarefa posta para o ativismo estudantil é combinar o combate ao governo Lula-FMI, com a luta pela estatização das universidades e do transporte privados, como medida imprescindível para o livre acesso à educação, com o fim do vestibular e o passe-livre em todo território nacional!


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