Um grande número de grutas do Brasil abrigou o homem primitivo de nosso país, constituindo hoje testemunha de sua cultura. Fragmentos de material utilizado como utensílios ou armas, são encontrados, bem como material cerâmico. As pinturas rupestres são comuns, embora, possivelmente, mais recentes, pertencendo à cultura pré-colombiana. Essas pinturas estão sendo inadivertidamente destruidas.

    A paleantropologia brasileira praticamente surgiu na gruta de Sumidouro, município de Lagoa Santa - MG. Os crânios humanos encontrados lá foram de grande importância científica.

    A transição do Homo speleus para o Homo sapiens, teve nas grutas, o seu desenrolar. As grutas tem sido durante o correr dos tempos, uma fonte de material antropológico e arqueológico. O encontro de crânios humanos com animais pleistocênicos, é a base do estudo da comtemporaneidade do nosso homem primitivo, com toda uma fauna já extinta.

    As grutas foram usadas para sepultamentos, para cerimônias, para abrigo, e hoje quando encontramos seus vestígios, um farto material de pesquisa é levantado, enriquecendo cada vez mais a Antropologia.

    De grande valor é a presença de pinturas, retratando animais, cenas de caça, pesca, rituais, entre outros. É de extrema importância a arte manifestada nas grutas. Arqueólogos, antropólogos e especialistas em pré-história, conseguiram penetrar com suas escavações nas trevas dos tempos mais remotos da humanidade. Teriam, tais obras de arte, sido executadas por caçadores, ou habitantes de moradas tão primitivas?

    No século passado consumou-se a revolução do pensamento estético e, hoje, sem dúvida, podemos afirmar que as representações artísticas rupestres denotam cunho de um espírito criador que só um número restrito de obras realizadas em épocas civilizadas conseguiu igualar.

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