Queres saber o que preenche e não existe
Procure meus olhos e este mar de vazio
A correnteza não pode ser a fuga simples de um rio
Nem cabe agora dizer o que venha a ser triste.
Mas hoje esta falta toma todo o meu espaço
Insinua a luz, reinventa o raro
E é mais difícil entender os dias escuros que passam
Do que as noites inteiras que eu passo em claro.
Eu quero tempo e hora para dizer o que sinto,
Que entendas que não é meu querer o que minto
Mas a falta quando arde nos deixa sem chão.
Assim penso que preencher não é apenas ocupar
Independente de quem seja rio ou mar
Independente de quem seja lava ou vulcão.
|