MAGO DANIEL
Quem
é o Mago Daniel ?
Mago
Daniel tem 32 anos de idade na atual existência, mas, brincando, costuma dizer
"eu nasci a 10.000 anos atrás", fazendo alusão às vidas passadas, pois crê na reencarnação.
Tem formação militar, de profissão e
vocação. Tem curso superior incompleto.
É um intelectual autodidata, um leitor
compulsivo. Assina 6 revistas e 7 jornais, que lê diariamente, mantendo a postura de
leitor interativo pois escreve e envia suas opiniões aos jornais quase diariamente. Sua
biblioteca particular tem quase 4 mil volumes catalogados. Tem um profundo interesse
pelos assuntos da política nacional e internacional.
Se interessa muito pela filosofia,
particularmente a filosofia militar a respeito da qual gosta de debater, embora tenha
percebido que "Clausewitz é
assunto para poucas pessoas ".
Estudou profundamente as obras de Sun-Tzu, leu tudo a respeito de Napoleão, César,
Alexandre, Patton e os grandes estrategistas.
SUA VIDA INICIÁTICA : desde muito cedo manifestou seu interesse pelo
Oculto, pelo místico e pelo segredo. Já aos 16 anos tentava admissão às Ordens
Esotéricas, nas quais não pôde ingressar por causa da pouca idade. Mas
enquanto aguardava a época de seu ingresso não ficou ocioso. Buscava toda a
informação que lhe interessava nas mais variadas fontes. Era sócio de praticamente
todas as bibliotecas públicas de sua cidade. "Nessa
época eu era um ´rato de livraria`
" . Adquiria livros de segunda mão, as vezes trocando-os, permutando-os,
sempre interessado em ofertas dos livreiros. " Grande
parte da minha formação se deve à minha frequência aos sebos, verdadeiros tesouros de
cultura que as pessoas desconhecem"
, disse.
Quando atingiu a idade mínima para ingresso nas
primeiras Ordens atingiu rapidamente graus cada vez mais elevados, surpreendendo seus
orientadores. É que aos ensinamentos ministrados por essas Ordens ele somava tudo aquilo
que já havia aprendido previamente, o que levava seus orientadores a julga-lo apto a
iniciação para os graus seguintes.
"
A
quem busca o conhecimento esotérico considero fundamental a leitura da obras de Eliphas
Levi, Fulcanelli, Papus e Blavatsky. Mas livros como o Tao Té Ching, o Ching e o Livro dos Cinco
Anéis e as obras de Carlos Castañeda também não devem ser esquecidos ", recomenda o Mago.
Mago Daniel foi Rosacruz,
Maçom, Templário, iniciado da verdadeira Golden Dawn e Martinista, além de duas
outras Ordens que ele não tem permissão para identificar publicamente a profanos.
Pratica a Alquimia e mantém um laboratório. Por ter mostrado o valor de seus
estudos cada vez mais aprofundados foi convidado a ingressar em uma confraria chamada
Tradição de Arganthos, onde expandiu seus conhecimentos, desenvolveu faculdades e
poderes e então teve contato com seu Mestre, que lhe proporcionou um desenvolvimento
muito grande em varias áreas. A Tradição de Arganthos tem o Grau de Mago, que
estabelece ao Mestre os critérios de provação para a investidura do discípulo a este
Grau. O Mestre estabeleceu que seria necessário percorrer o Caminho de Santiago de
Compostela, ambiente escolhido como campo de provas onde Mago Daniel seria testado de
diversas maneiras, e assim foi feito.
Ele cumpriu a tarefa
estabelecida por seu Mestre e teve sua investidura ao Grau de Mago feita em uma cerimônia
em duas partes, sendo a primeira ainda na Espanha e a segunda e mais importante já de
volta ao Brasil. É um dos mais jovens Magos daquela Confraria e de outras.
Mago Daniel já teve
muito envolvimento com a Mão Esquerda da Magia mas conseguiu romper os laços após
muito esforço. Já participou de rituais de Magia Negra, de covens pervertidos e de
muitos sabás orientados para a prática de malefícios e a conjuração de energias
nefastas. Alguns "Sabás" culminavam em orgias supostamente ritualísticas mas
que fundamentalmente eram apenas orgias de sexo fomentadas por seus organizadores, que se
faziam passar por oficiantes mas que na verdade eram apenas pessoas de mentalidade
distorcida e de libido fora de controle, pelo envolvimento demasiado com Forças que não
puderam controlar. "Já fiz muita coisa feia na Magia,
mas isto agora faz parte do passado, que eu não esqueço nem nego, mas que já não é
mais parte da minha realidade", comenta. Não
pratica mais a Magia Negra mas procura manter uma política de boa vizinhança com os
`magos negros` . "Na Magia nós somos
todos irmãos e não nos cabe julgar se um desses irmãos está em erro por causa de seus
métodos. A evolução chega para todos ainda que possa demorar e aquele que usa seus
conhecimentos para propósitos não-edificantes será esclarecido a esse respeito. Se ele
nos pede orientação será orientado mas se não a pede nós não podemos interferir no
seu livre-arbítrio" , explica o
Mago. "A Magia é única, não é boa nem
má, a Magia não manifesta polaridade. Boa ou má é a intenção do magista" , completou.
Ele considera que na
Magia a figura de um mestre é indispensável : "para
quem se inicia na Magia, Branca ou Negra, a figura do Mestre é essencial. No aprendizado
mágico a relação mestre-discípulo é um fator determinante. Conheci vários magistas,
entre "magos" e "bruxas"
que se diziam autodidatas , que é uma coisa que para o magista sério soa como
um absurdo, mas na verdade essas pessoas nem autodidatas eram. Eram, quando muito, apenas
pessoas que leram algo sobre algum ramo da Magia e então se julgavam iniciados. Se
o estudante tem um Mestre e esse Mestre é autêntico, o aprendizado será uma constante
iniciação. Do contrário, esse suposto "mestre"
pode desviar o estudante e até
conduzi-lo a caminhos nefastos. Ter um falso mestre é tão prejudicial quanto não ter
mestre algum."
Mago Daniel
considera que muitas pessoas já trazem de vidas anteriores uma boa bagagem mental e
espiritual que nesta vida lhes possibilita um desenvolvimento acelerado, na verdade uma
retomada, mas entende que é absolutamente indispensável a constante busca pela
auto-evolução e o aprimoramento. Na sua opinião, muito desse aprimoramento pode
advir da leitura, que é uma das suas paixões. "Leia,
leia muito, o conhecimento nunca é inútil. O conhecimento adquirido pode não encontrar
uma utilidade imediata mas ele não é inútil "
, recomenda.
Ele
viajou muito, dentro e fora do Brasil. Visitou Machu Picchu, Stonehenge, Avebury,
Ilha de Páscoa, Egito, Jerusalém, Israel, Jordânia, China, Tibet, Tailândia, Vietnam,
Nepal e Índia. Em 1996 conseguiu ser recebido em audiência juntamente com mais 29
pessoas pelo Dalai-Lama, em Dharamsala, norte da Índia.
Fora dos roteiros exóticos ele viajou também aos lugares ditos tradicionais. Viajou por
toda Espanha, França e Itália (Roma). Circulou por toda a América do Sul,
buscando conhecimentos e fotografando tudo. No Uruguai e na Argentina participou de varias
palestras e conferencias sobre temas esotéricos. Em Buenos Aires, após uma conferencia,
concedeu entrevista a um jornal da capital de onde se reproduz o seguinte diálogo:
Repórter: O sr. está ciente que embora tenha notoriedade os ocultistas argentinos, de modo geral, consideram o sr. muito jovem para a posição que ocupa e por conta disto muitos não reconhecem sua posição ?
M.D. : Sim, já fui informado disto e lamento.No meu país também há quem pense assim. Não me cabe criticar mas meus colegas argentinos julgam, infelizmente, a maturidade pelo numero de anos físicos de uma pessoa e isto está errado. Uma pessoa pode chegar aos cem anos com um desenvolvimento desprezível em todas as áreas, enquanto que outra pessoa pode atingir um nível muito alto em poucos anos. É esforço pessoal, que não pode ser contado pelos anos físicos. No meu país, o Brasil, temos uma frase que diz : "não respeite alguém só por causa de seus cabelos brancos pois os canalhas também envelhecem " . No meio esotérico acontece algo parecido e não vai ser porque o mago ou bruxo tem 50 anos que ele será respeitável. Não há nada, a não ser ele mesmo, que o impeça de ter um grande desenvolvimento aos 20 anos, por exemplo. E há também pessoas que não conhecem a Tradição de Arganthos e por isso supõe que não exista. Eles tem uma postura dessas e se julgam ocultistas. Mas não vêem a Magia mas ela existe ; não vêem Deus mas ele existe ; não vêem o ar mas ele existe. Não viram a Tradição de Arganthos e então a primeira coisa que lhe socorre é que não existe.
Repórter: Na conferência de hoje à tarde houve uma senhora que disse querer ser sua discípula. Como o Sr. se sente com esse tipo de manifestação por parte das pessoas ?
M.D. : Eu recebo muito carinho por parte das pessoas e na medida do possível eu retribuo. Mas ter discípulos é algo bastante complexo. Primeiro, eu acho que ainda não chegou o meu momento de ter discípulos. Segundo, eu não poderia ter mais de quatro discípulos ao mesmo tempo. Um mestre que aceita a tarefa de orientar discípulos passa a ser responsável pelos atos mágicos que eles venham a praticar, e por isso muitos mestres preferem não ter discípulos ou só os aceitam depois de conhece-los muito bem. Ainda nem pensei em qual dos grupos me encaixo.
Repórter: Por que não pode ter mais de quatro discípulos simultaneamente ?
M.D.: Eu pertenço a uma disciplina espiritual que estabelece esse limite.
Repórter: Fale a respeito dessa Ordem a que o sr. se referiu.
M.D.: É uma Confraria, e não exatamente uma Ordem mas muitas vezes é chamada assim, e não está de todo errada essa definição. Nos dedicamos muito ao estudo dos simbolismos, que são a linguagem do inconsciente coletivo, que os alquimistas chamam de a Alma do Mundo, ou Anima Mundi.
Repórter: O Sr. recebeu duas ofertas de publicação de seu livro, uma de uma editora do Brasil e outra da Argentina, mas o sr. recusou ambas. Poderia nos dizer o motivo ?
M.D.: Não aceitei porque em ambos os casos os editores pretenderam fazer modificações no manuscrito de forma que o sentido de um capitulo inteiro se perderia, precisando ser ou reescrito ou eliminado. A editora na Argentina , alem de modificações mutilantes do manuscrito, queria não utilizar nenhuma das ilustrações que o livro deverá ter. Acho fundamental o livro possuir ilustrações porque elas esclarecem muito daquilo que se prende explicar. Em uma livro de Magia a presença de símbolos é indispensável. Os editores podem sugerir alterações e às vezes, pela experiência editorial que tem, isso acaba sendo muito positivo, mas não acho oportuno que um editor apresente tantas alterações que, na pratica, o livro acaba sendo outro. Sei de caso em que foram tantas as modificações, inclusive no título, que no final o livro era completamente diferente de modo que do manuscrito original não permaneceu nem o nome do autor, já que o editor achou que aquele nome não era comercial e por isso arranjou um pseudônimo para o autor !
( Risos )
Repórter : O que o Sr. pensa a respeito do seu conterrâneo Paulo Coelho ?
M.D.: Eu o acho um excelente escritor. Também sempre achei impressionante a humildade dele, que é uma pessoa em quem o sucesso não subiu à cabeça e não é dado a ostentações. Li todos os seus livros, alguns autografados, e o respeito muito. Paulo Coelho é a síntese daquilo que todo escritor gostaria de ser. Acho que a crítica, especialmente a brasileira, tem sido muito injusta com ele pois lá muitos dos grandes críticos literários nunca escreveram nenhuma critica a respeito dos livros dele e se limitam a escrever, não criticas, mas comentários maldosos. O chamam de sub-literato e acho isso um absurdo. Um desses críticos chegou a escrever uma insinuação que contestava o nível de inteligência dos leitores de Paulo Coelho. Ora, isso ofende pelo menos 15 milhões de pessoas diretamente, e uns 45 milhões indiretamente (estima-se que 1 livro = 3 leitores ). Eu mesmo leio Paulo Coelho, gosto muito e acho que sou relativamente inteligente. Um dia acho que ele vai ganhar o Nobel de Literatura.
Repórter: E qual a sua opinião sobre Jorge Luis Borges ?
M.D.: Um mestre ! Li todas as suas obras, excepcionais. Borges nos coloca em contato com uma outra realidade que normalmente nos passa despercebida, acordando as pessoas, com uma leitura de fácil compreensão e de significado profundo. Sua obra "O Aleph" é excelente. Pena que muitas pessoas só perceberam a importância de seu trabalho postumamente, e acho que ele era ótimo candidato ao Nobel de Literatura, que lhe seria um prêmio muito merecido, como o seria para o Paulo Coelho. Infelizmente os critérios de decisão da premiação são políticos e não técnicos.
Repórter: O sr. acha que a Magia sobrevive ao século 21 ?
M.D.: A Magia vive dentro do Homem. É bem possível que nos anos 900 alguém perguntasse se a Magia sobreviveria ao ano 1.000 . O Homem é um ser mágico e se for separado da Magia ele é incompleto. O que eu acho que vai acontecer e espero que aconteça é que as pessoas despertarão para ao que é verdadeiro e não se deixarão mais levar pelo embuste consumista.
Repórter: O que seria o embuste consumista ?
M.D.: É essa profusão de falsos mestres vestindo turbantes e fantasias, de terapeutas de toda espécie, de adivinhos, de clínicas astrais, gente que oferece "serviços" espirituais via telefone cobrado por minuto, gente que incorpora espíritos de supostos médicos e fazem operações cirúrgicas (temos no Brasil uma figura chamada Dr. Fritz, obviamente um embusteiro que só está solto por descuido da polícia) e a venda de uma quantidade assustadora de quinquilharias. É uma industria bilionária. Aqui mesmo em Buenos Aires há um lugar que, na falta de um termo melhor podemos chamar de shopping center esotérico onde as pessoas pagam um carnê de prestações que se estiverem em dia frequentam esse lugar e passam o dia lá, consultando os astros, fazendo regressões e se submetendo a diversas espécies de terapias. Uma coisa assim é exploração. Aquele que tem um dom e diz querer ajudar aos outros, jamais estabeleceria um preço por essa ajuda. Já o embusteiro estabelece valores e se for possível ele cobra adiantado. Dai de graça o que de graça recebestes.
Repórter: Mas é a lei da oferta e da procura...
M.D.: Extamente ! Se tem alguém vendendo é porque tem alguém comprando e foi isso que eu quis dizer quando falei sobre as pessoas despertarem para o que é verdadeiro. A verdadeira Magia está dentro de cada um. Um Mestre pode ajudar as pessoas a encontrar seus dons, a desenvolver suas faculdades, mas é só o que ele pode fazer. Ele, o mestre, apenas vai lapidar o diamante que estava em estado bruto, mas ele não pode tornar preciosa uma pedra que não tinha valor. Se uma pessoa tem uma tendência maldosa, essa pessoa poderia ter como mestre o próprio Ghandi : será uma pessoa que vai manifestar suas tendências que estavam apenas represadas. Mas se essa pessoa reconhece que tem essas tendências e deseja elimina-las, então o seu mestre pode ajudá-la. Do contrário a interferência dele seria uma quebra do princípio do livre-arbítrio, uma coisa que é muito séria e que separa a Magia em `branca` e `negra` . Basta dizer que o fundamento da Magia Negra é a total ausência de ética, onde essas interferências no livre-arbítrio dos outros é lugar-comum. Eu ajudo a todo aquele que busque ser ajudado. Toda pessoa que precisa ser orientada em mim encontra apoio. Procuro me manter o mais acessível possível, e meu email está sempre à disposição de quem quiser conversar.