Dentro do caos que é a cidade de Los Angeles surgiu Ozomatli, uma banda de 10 integrantes que tem conduzido a formação de uma consciência popular com sua mistura altamente politizada de hip-hop, salsa, SKA, funk e jazz.

Ozomatli é formado por uma composição étnica tão diversa como a cidade que eles vivem. Usando congas e claves, turntables e tablas, trompetes e saxophones, Ozomatli criou uma mistura única e original da moderna SOUL music. "Nós temos uma profunda reverência e admiração para as tradições arcaicas da nossa música, da salsa, do samba, todas estas tradições que vieram da África" diz Ulises Bela, saxofonista tenor do grupo. "Mas nós amamos também incorporar sons modernos, hip-hop, funk, o que quer que nós sentimos que... faça as pessoas viajarem".

O ano passado, Ozomatli abriu para Carlos Santana no Arrowhead Pond em Anaheim, CA, tocando para mais de 11.000 pessoas. Santana apresentou Ozomatli a seus convidados como "o futuro da música".
A ascensão do Ozomatli no sul da Califórnia foi rápida e furiosa. Sobre o curso de um ano, o grupo passou de tocar por caridade à esgotar shows no Hollywood Opium Den toda noite de quinta-feira.

A multidão que lotava os shows do Ozomatli tornou-se tão grande que a banda moveu sua grande noite de quinta-feira do Opium Den para seu vizinho de maior capacidade, Dragonfly. Rapidamente o Ozomatli começa a aparecer na mídia, com sucesso comercial da sua música e diretores de Hollywood que adotaram Ozomatli para várias trilhas sonoras.

Na tradição dos artistas da South California como WAR, Janes Addiction, N.W.A. e Rage Against the Machine, Ozomatli está batendo nas portas da intolerância. "Como Ves", a primeira música do album é um aviso sutil para abrir seus olhos que "historia" não é necessariamente algo que você aprende na escola. Ozomatli pôs ênfase no pensar por você mesmo, como pode ser visto em "Coming War" e "O Le Le".

O baixista Wil-Dog sempre foi o mais engajado politicamente do grupo, participando sempre de manifestações, greves, protestos em defesa de melhores condições para os trabalhadores e estudantes, fazendo parte de várias organizações que defendiam este propósito. Em março de 1995, o mesmo mês que o guitarrista e vocalista Raul Pacheco se mudou para LA após ter abandonado uma carreira de consultor político, no meio de uma greve, Wil-Dog começou a escrever canções, e um mês mais tarde o Ozomatli fez seu primeiro show.

Pessoas já estão aparecendo nas ruas de Los Angeles com tattoos do logo da banda. "Nós representamos todos os guetos de LA" diz Wil-Dog . "Nós queremos fazer uma mudança em nossas vizinhanças, mostramos aos povos uma maneira positiva de viver." Ele continua: "Eu soube que nós tínhamos algo especial no primeiro dia que nós tocamos".

Ozomatli é uma palavra Asteca para o Deus da dança. Se você compreende ou não a língua espanhola, como Ozomatli canta, suas histórias vêm através da música, não importa se estiverem tocando uma tradicional balada mexicana ou hip-hop. "Quando você anda por LA, " diz Bella, "você ouve todos estes sons, apenas andando e escutando. Esta é a música do Ozomatli. Nada que nós fazemos é tradicional, é apenas muito LA. "

T-Ray, que produziu discos do Cypress Hill e Helmet, capturou o espírito verdadeiro do Ozomatli neste álbum, que é tão descompromissado como as suas apresentações ao vivo. " Nós não parecíamos com nada do que ele já tinha trabalhado", diz Bella, " Ele pôs sua vida inteira nele". Você pode ver um pouco do Ozomatli ao vivo no filme "Nunca fui beijada (Never Been Kissed)", com a Drew Barrymore. Nele a banda aparece tocando a música "Cumbia de los Muertos" na parte em que Drew vai numa festa jamaicana e fica muito louca em cima do palco! Vale a pena dar uma olhada!