Transformar os sonhos em realidade. É assim que a maioria das pessoas
pensa quando imagina, planeja e finalmente solicita um arquiteto para objetivar
os seus desejos. Viver em um novo ambiente é um repensar de valores,
é de certa forma recomeçar com novos estímulos, mesmo
que contando com limitações sócio-econômico-financeiras.
Embora muita gente não saiba, a função do arquiteto
vai muito além de esboçar aquele ambiente "incrível"
e apresentar uma conta de tirar o fôlego. Até há bem
pouco tempo, era comum associar a arquitetura a luxo, status. Mas hoje
em dia, com a evolução tecnológica e o surgimento
de novos materiais, a avaliação de um arquiteto é
indispensável. Em outras palavras : o arquiteto não é
um ornamentador de espaços. Com formação qualificada,
ele é especializado para interpretar de maneira criativa as necessidades
do cliente e sua relação com o ambiente, seja para quem está
construindo ou reformando.
Antes de mais nada, é sob o ponto de vista funcional que o trabalho de um arquiteto se mostra necessário na elaboração dos espaços. O máximo de aproveitamento, melhor uso, equilíbrio estético, emprego adequado de cores e formas, estilo harmônico, escolha de materiais, todas essas variáveis permeiam a execução de um projeto de interior. Outra conseqüência fundamental de uma boa orientação é a economia nos gastos. Com uma definição prévia do que se quer e as necessidades programadas, evitam-se perda de tempo e modificações posteriores, que acabam onerando uma obra. A tarefa de elaborar interiores ampliou seus domínios, e se dedica a encontrar soluções funcionais e confortáveis para espaços cada vez menores. E melhor : para todos os bolsos e estilos. A primeira fase do projeto é o levantamento das necessidades da família e dos gostos pessoais. Um projeto é bem desenvolvido a partir de um contato rico entre o profissional e o cliente, numa fase de conhecimento que vai delinear o que fazer com o espaço disponível. Nessa fase, tudo é informação. Quando se começa um projeto, geralmente se recolhe também uma soma de fantasia de cada cliente. Há os que projetam essa fantasia na suite do casal, há os que concentram numa cozinha seus maiores caprichos, ou na piscina, ou nos banheiros, tanto faz. Ou seja, há uma coleta de dados e da própria história familiar que envolve as paixões por determinados objetos ou peças, o exercício de habitos e a rotina de cada um, a visão pessoal do lazer e do descanso e também as fantasias que existem em todas as pessoas. O arquiteto conta sempre com a informação, mas sabe usá-la de acordo com a sua criatividade, esta sim, sem limitações. O arquiteto é um profissional de grande habilidade, e cabe a ele conciliar a liberdade de seu projeto com as necessidades ou as imposições do cliente. O que acontece muitas vezes é uma intenção confusa por parte de quem quer o projeto : o cliente chama o arquiteto, diz o que quer e de repente não lhe dá autonomia porque já coloca uma série de idéias preconcebidas como "isso fica bem com aquilo" e "o meu sonho é uma sala toda espelhada". Não é assim que se faz um projeto, nem muito menos que se solicita os serviços de um profissional para fazer os interiores. Na arquitetura o importante são os parâmetros que norteiam a atuação do arquiteto. Esse conceito se estende a todos os planos de um projeto, porque quando se planeja uma escada ou um corredor, é importante que a funcionalidade seja também um produto da técnica, ou seja, o objetivo da técnica é proporcionar o bem-estar e respeitar a harmonia de um ambiente. Na segunda fase o arquiteto apresenta um anteprojeto. É uma etapa em que são mostradas as idéias básicas e como foram inicialmente resolvidas as diretrizes de solução e adequação dos espaços. São apresentadas graficamente uma planta baixa, com a distribuição dos equipamentos e mobiliário; possíveis elevações (vistas das paredes em altura) com propostas; perspectivas dos ambientes; e sugestões de materiais de acabamento e cores. Define-se com o cliente as características a serem adotadas no projeto, sejam a coerência arquitetônica, necessidades básicas solicitadas, definição de um padrão econômico e características estéticas dos espaço. Este é o momento do cliente e do arquiteto discutirem seus pontos de vista. Qualquer alteração deverá ser proposta nesta fase. Ao ser aprovado pelo cliente, o anteprojeto ganha uma versão definitiva. Na terceira e última fase será elaborado o projeto executivo, que é o projeto final. Depois das idéias aceitas e elaboradas, o arquiteto faz as plantas detalhadas e dimensionadas com as especificações gerais, cortes e elevações das paredes, perspectivas para que o cliente possa ter uma noção da composição dos espaços e memorial descritivo relacionando materias, acabamentos, cores e especificações gerais de todas as soluções do projeto. Não esquecendo dos desenhos técnicos das peças especiais a serem executadas pelo respectivo profissional em escalas convenientes para uma boa compreensão. E assim termina a fase de projeto e se inicia a etapa de execução da obra. O segredo de uma obra ou reforma planejada e econômica está no projeto pois o arquiteto usa sua experiência a favor da melhor solução de arquitetura e decoração de interiores de acordo com as possibilidades de gasto do cliente, as necessidades da família e dos gostos pessoais evitando assim dores de cabeça e transtornos futuros. Cultive uma relação franca e amigável com o arquiteto :
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