DecaDance
(a Dance Music nas terras de Dom Fernandinho)
Um individuo empata uma boa quantidade de cruzeiros na danceteria mais IN do momento. Afinal ele é um dos "melhores" portanto espera viver o "melhor", mas quando se prepara para ouvir os primeiros acordes de sua "dance-track" favorita (made in U.S.A. of course) seus ouvidos são bombardeados com uma dose letal da tão conhecida lambada. Fatos como esse se repetem cotidianamente no circuito alagoano de casas noturnas. Qual o mistério afinal? Manobras de esquerda? Forças sobrenaturais? Não, às vezes eu penso que no dialeto alagoano, lambada é sinônimo de dance. Vejam bem, não vai aqui nenhum tipo de preconceito ou de colonização cultural. Apenas acho que esse ritmo, dito "regional", (a lambada é caribenha) já está suficientemente difundido no nosso dia a dia, mas as grandes gravadoras com o aval da mamãe Globo decretaram a lei, e só nos resta aceita-la como escravos obedientes que somos. Mas enfim, o objetivo de tanta conversa é provar o seguinte: dance = danceteria, lambada = lambateria, e que para cada danceteria, existem n lambaterias, e mais algumas bodegas. Ser que isso é pouco? Basta sintonizar nossos rádios. Salvo honrosas exceçoes a programação é a mesma. E em cada esquina podemos ouvir sempre as mesmas músicas. Até este resignado escriba já sofreu diversas tentativas de conversão a este ritmo caliente (sem sucesso, é claro). Bem, acabo por aqui esta missiva pois os redatores estão querendo a minha cabeça por falar demais. Mais não desanimem e lembrem-se, se não pode vencê-los, mude-se do estado. Inté a próxima, and pump it up a little more.