Transtorno global do
desenvolvimento caracterizado por: a) um desenvolvimento anormal ou alterado,
manifestado antes da idade de três anos; e b) apresentando uma perturbação
característica do funcionamento em cada um dos três domínios seguintes:
interações sociais, comunicação, comportamento focalizado e repetitivo. Além
disso, o transtorno se acompanha comumente de numerosas outras manifestações
inespecíficas, por exemplo: fobias, perturbações de sono ou da alimentação,
crises de birra ou agressividade (auto-agressividade).
Nota:
Síndrome de Asperger - Transtorno
de validade nosológica incerta, caracterizado por uma alteração qualitativa
das interações sociais recíprocas, semelhante à observada no autismo, com um
repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Ele
se diferencia do autismo essencialmente pelo fato de que não se acompanha de um
retardo ou de uma deficiência de linguagem ou e desenvolvimento cognitivo. Os
sujeitos que apresentam este transtorno são em geral muito desajeitados. As
anomalias persistem freqüentemente na adolescência e na idade adulta. O
transtorno se acompanha por vezes de episódios psicóticos no início da idade
adulta.
- cid 10
O
Autismo pode ocorrer isoladamente ou em associação com outros distúrbios que
afetam o funcionamento do cérebro, tais como Síndrome de Down e epilepsia . Os
sintomas mudam e alguns podem até desaparecer com a idade.
O
Q.I. de crianças autistas, em aproximadamente 60% dos casos, mostram resultados
abaixo dos 50, 20% entre 50 e 70 e apenas 20% tem inteligência maior do que 70
pontos.
O
portador de Autismo tem uma expectativa de vida normal.
Formas
mais graves podem apresentar comportamento destrutivo, auto-agressão e
comportamento agressivo, que podem ser muito resistentes às mudanças.
Autismo:
este
transtorno
atinge 1 pessoa em cada 1.000
nascimentos. Ou seja, existem no Brasil mais de 10 mil crianças com menos de 5
anos atingidas pela síndrome.
AMA -
Associação de Amigos do Autista
Etiologia:
O autismo não ocorre por
bloqueios ou razões emocionais, mas pode ser agravado por elas. As causas são
ou podem ser múltiplas . Algumas já tem sido relacionadas "estatísticamente"
a :
-Fenilcetonúria
não tratada,
-Viroses
durante a gestação, principalmente durante os três primeiros meses (inclusive
citomegalovirus),
-Toxoplasmose,
-Rubéola,
-Anoxia
e traumatismos no parto,
-Patrimônio
genético, etc.
"A
maioria dos estudos realizados até hoje mostram que a possibilidade de
um segundo filho autista oscila entre 2% e 3%."
Comentário
do Dr. Joaquín Fuentes, Gautena, San Sebastián, Espanha -
Federación
Autismo España. Asociación Nuevo Horizonte.
Procedimentos:
1.Medicação adequada.
2.Avaliação caso a caso na estimulação das três áreas de comunicação,
interação social e comportamento.
3.Orientação de pais visando a retirada da culpa ao entender a causa orgânica.
Deve-se trabalhar, também, as expectativas em relação ao filho.
Compreensão,
por parte de pais e educadores, de que a criança autista não possui muitas
vezes “os protocolos de expressão afetiva”, revendo o conceito de que o
autista não possui afetividade.