Nossos critérios científicos e uma estética artística

acima do cotidiano demonstram a visão ampliada


PARA A CURA DE UMA FOME INSACIÁVEL

(de algo necessário e pouco conhecido)

EM TERRA DE CEGO QUEM TEM UM OLHO NÃO É VISTO - O autor deste artigo é coautor do livro III Educação e Transdisciplinaridade, publicação Unesco Triom 2005É preciso antes apurar um sabor igualado ao saber otimizando a educação (escolas, família e outras instituições responsáveis, incluindo as empresas e organizações) para reconhecer a importância do teatro na formação das sociedades vivas e sadias.

O Teatro é uma arte presencial, requer o olhar e a presença do público que se vê colocado diante de sua própria humanidade. Instantaneamente tornado sujeito-protagonista da vida é capaz de reconhecer a sí mesmo e a sua importância na cena do mundo avançando como conhecedor ao grande e oportuno metabolismo cultural dirigido ao que lhe é servido.

A seu lado estão seus iguais, as testemunhas afirmando que sua inteligência não está só, sente alí a presença de uma sociedade reflexiva, na qual está instalada a centelha que realimenta o futuro da consciência bem como a da coexistência pacífica dos que compartilham o mesmo momento mágico que é um só: a elevação do pensamento.

Os atores na inserção do momento, vivem a simultaneidade do sagrado de seu ofício com a entrega de seu corpo em vida. A verdade da alma que é identidade para sacudir e despertar vidas à sua volta de seu entorpecimento cotidiano e estéril, mostrando-lhes um sentido de renovação que conduz à recuperação através do fazer artístico, uma arte que somente as infâncias não perdidas podem melhor captar ou entender.

É preciso que os educadores sejam esclarecidos de que cada sensibilidade e presença individual nas platéias é construtora autônoma de sua própria assimilação frente ao que se apresenta. E que no Teatro é a representação da vida. A presentificação que se apresenta.

A diferença das mídias e a visão desperta

Na televisão a ficção é assistida por olhares nem tão atentos, via de regra, a alimentação do sonho popular de acesso a melhores condições de vida e aos bens de consumo. É pela crítica e exploração deste cotidiano que está a promessa de diversão em forma de esperança. Através de um realismo naturalista assiste-se ao simulacro das relações cotidianas nos ambientes de convivência das comunidades, sejam elas urbanas ou rurais. Encontra-se assim na TV a função de espelhamento da vida equivalente à comédia de costumes do teatro como feito no século XIX no Brasil com Martins Pena entre outros no mundo tais como e antes, com Moliére na França com a predominância da farsa, ou muito distante na antiga Grécia, onde já estavam ali representados o desafio da convivência humana. Aprender o já sabido resquício de inteligência animal justifica o sucesso da fórmula do teatro como diversão para quem satisfeito com o entendimento do que se passava à sua frente estaria na convicção da constatação de sua inteligência.
Um momento de ouro em horário tardio, recentemente, fruto de pesquisa da televisão, a busca de nova linguagem, nutrida pelo teatro e seus grandes atores, nos premiou a todos com a mini série "O Dia de Maria" de Carlos Alberto Sofredini. Autor teatral que fez o Brasil todo, apenas o acordado, compartilhar de um dos melhores momentos da inovação na TV brasileira, brindando-nos com uma estética, emanada do teatro, no qual trouxe-nos raízes de uma cultura interiorana e paulista, que é universal à cultura e à Transcultura de todas as regiões brasileiras e pertencente ao imaginário e folclore humano. Em outros bons momentos a arte da representação colocou-se na telinha como filha natural do teatro, a grata referência ao ser humano.
Mas é no teatro que se forma o gosto por um diferente tipo de deguste estético, que vai muito além das instaladas objetividades racionais necessárias às atividades simples do nosso dia a dia e para o trivial de nossas existências.
É possível no teatro sentir a platéia desfrutar da presença do outro como igual, muito mais do que apenas o humano e idealizado semelhante. Falo da auto percepção de sintonia fina que temos e que nos leva à mais aguçada contemplação da vida. A chamada fruição estética se dá pelos órgãos do sentido, mas a atitude da percepção transcende em muito aos cinco sentidos, nos deixando mergulhar em nós mesmos e no prazeroso reconhecimento da grandiosidade humana.
É na alimentação do espírito humano, que se constrói nossa própria humanidade. Onde vive e pulsa a cultura que não pode ser entendida, modo menor, como o conjunto ou acervo de nossas manifestações populares ou folclóricas, ou pelo tombamento de prédios históricos. Isto tudo também indispensável, representa o corpo de nossa cultura. Mas não se pode também definir cultura simplesmente como justificativa pelo uso da arte e toda sua tecnologia.
Define-se assim a arte errôneamente como o simples uso das tecnologias várias que são empregadas pelo fazer artístico. Desde o pincel ao uso da voz humana.

Desde muito as mais primárias técnicas estão a serviço de uma espécie que se erguera no topo de todas as demais no planeta, modificando a natureza este portador da "ingênua leitura", pela qual se percebe o criador predominante e acima de tal distinto por sua cultura a criatura se mantém separada de todo o resto. Assim se tem constituído nossa alma moderna desde que o homem fora colocado como centro, se não do Universo como antes, outrora como expressão máxima de sua própria razão iluminista. Assim vive, lateja, pulsa e bate a noção do homem construtor ou produtor de sua própria cultura seja do arroz com feijão ou do objeto de contemplação artística.

Assim com as definições de arte e cultura equivocadas por seu utilitarismo pragmático faz-se uma confusão na hora da escolha que a escola faz do que se oferece como atrações ao teatro para o público de estudantes.

Resta então para recompormos nossa humanidade, de homem integral, orientar e definir cultura como a expressão para o aprimoramento e evolução do espírito humano dos povos do planeta.

Consideremos o grande desafio que a cultura exige está assim composto por uma tríade de atitudes:

  1. Receber o legado dos que nos antecederam mas considerar a cultura do corpo em vida, valorizando toda a materialização da cultura que diz respeito ao próprio objeto mas conduzir-se à ética do sujeito, protagonista da cultura e do ser.
  2. Reconhecermos nossa alma - identidade no vislumbre de nossa energia e de toda a cultura imaterial na preservação de tudo o que for passível de leitura tanto das letras quanto das humanidades, ciência, filosofias e tradições.
  3. Finalmente evoluirmos nosso espírito humano dando vazão à nossa caminhada vertical para ascendermos à chama viva da iluminação, que tem apenas por princípio no teatro o diálogo da interdisciplinaridade configurada a todas as demais artes, essenciais à cena para galgarmos o "self made" no mais alto nível de consciência. A auto percepção de uma humanidade compartilhada e presente para quem o teatro é a porta aberta à dimensão de nossa evolução simbionômica. Entre mitos e símbolos remechendo a caixa preta de nossa história universal através dos séculos reconhecemos o Conhecimento. Sim, esta é a palavra senha deste transteatro, reconhecer a si mesmo, ainda que do que lhe seja desconhecido. Humildade de Hommo Humus para aprender e um teatro transdisciplinar que surge na sinergia do nosso saber comum estendida a todos que do teatro e da potência de seu espírito resolverem comungar.

 

Tudo como uma fórmula para se atingir um melhor resultado para uma formação integral a todos os educandos é a proposta então disponível de um teatro de verdade como um recomeço para se buscar otimizar o angulo da visão para o belo, o bom e o justo.

 

Oldair Soares Ammom

Formador Pesquisador, é dramaturgo e diretor teatral


MODO DE PREPARO

(para evitar um mal maior, a perda da percepção)

Senhores diretores, coordenadores pedagógicos, professores em geral, convido-os

  1. a visitarem a opinião de uma crítica que especializada e de São Paulo, manifesta desde há quase 20 anos atrás, até chegar à crítica recente, já de Fortaleza em 2003. para dar reconhecimento à nossa elevação profissional e justa escolha: clique aqui
  2. após conhecerem alguns conceitos reunidos às fotos de uma estética aprimorada em clique aqui agora
  3. Isto feito opte por receber-nos em sua escola igualmente para todas as séries a fim de despertar em seu aluno o gosto pelo teatro e esclarecer aos professores sobre os caminhos da simbologia e a diferente linguagem do teatro verdadeiro.(clique aqui) AULA-ESPETÁCULO NA ESCOLA Ou ainda e diretamente, optar por levar seus alunos em excursão ao teatro para assistir nosso espetáculo principal (clique) aqui no formato AULA DE CAMPO

SOBRETUDO, IMPERATIVO CORTAR MASSAS E CARBOIDRATOS - INGESTÃO AÇUCARADA DE facilitadas "OVER DOSES" CALÓRICAS

Deve-se lembrar acima de tudo de não privilegiar espetáculos de teatrinho infantil que traduzem uma falsa e distorcida visão que lamentavelmente em geral adultos têm da criança, composta ao longo de incontáveis gerações.

A visão empobrecida e diminuída da idéia que se faz da criança-pequena é compartilhada pela maioria dos pais, formatados por outro nível de cultura, que encontra-se estendida à quase totalidade de professores menos avisados, ainda que a maioria inocentemente pela falta do acesso ao verdadeiro teatro, e da própria classe teatral*, que em todo o Brasil carece de uma melhor formação*. Assim é comum assistirmos às apenas aparentemente 'palatáveis e digestivas' montagens teatrais infantilóides com o tratamento no diminutivo a proporem raciocínios óbvios e básicos para uma genialidade, de jovens e crianças "desnutridas" e famintas de cultura, então esses gênios moradores das mais pequenas idades merecem e requerem muito mais.


Históricamente, José de Anchieta e a escola jesuítica lançaram mão do recurso do teatro para a catequese, dominação e extermínio da cultura dos índios brasileiros, mas somente utilizou desta estratégia por que já os povos indígenas tinham o seu próprio teatro, valorizavam símbolos e mitos em suas representações como bem nos lembra Ariano Suassuna, recentemente numa de suas encantadoras palestras. Num mundo há muito perdido a idéia de trabalho não era como a que sofremos hoje. As crianças compartilhavam e aprendiam com seus pais a sobrevivência sagrada, como prática para a mágica da vida, e daí o simbólico, o Teatro. Hoje infelizmente as crianças em nosso meio desconhecem na sua grande maioria a importância e o valor do teatro.*para saber mais clique

antes CLIQUE AQUI envie-nos um e-mail proponha uma apresentação de teatro em sua escola

Espetáculo - A HORA DA FESTA -" PORQUE VIVER DEVE SER SEMPRE UMA FESTA está baseada nesta estética ( clique nesta foto)


Vamos vencer juntos, atores e educadores, a ignorância que o povo tem quanto ao teatro


convite a leitura

V o l t a r

Outro texto dos 12

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