Navegação Costeira

Navegação Costeira

TÉCNICAS DE NAVEGAÇÃO COSTEIRA

Resumidamente podemos enumerar os principais tópicos:

Planejamento e traçado da derrota (deve ser feito no ponto, antes da partida)

seleção das cartas náuticas a serem utilizadas (dar preferência às cartas de maior escala) e outras publicações de auxílio à navegação;
atentar para os perigos a serem enfrentados na viagem (obstruções, correntes perigosas, condições meteorológicas adversas, tráfego marítimo, etc.);
selecionar locais de "abrigo" em caso de necessidade;
escolher os pontos de inflexão da derrota (esses pontos devem ser escolhidos de forma que suas posições observados sejam altamente confiáveis);
avaliar o possível aproveitamento de correntes marítimas favoráveis; e
estimar os ETA (Estimated Time of Arrive) para os pontos de inflexão e do porto de destino.

Escolha dos pontos para as LDP

evitar pontos muito distantes, em face do aumento do erro linear em função do erro angular. Realmente, deve-se dar preferência a pontos mais próximos, a fim de minimizar os efeitos de erros nas LDP, conforme mostrado na figura abaixo. Um mesmo erro de observação, por exemplo, irá provocar um erro na posição tanto maior quanto mais distante estiver o objeto marcado.

Selecionar os pontos de modo a obter um ângulo de cruzamento favorável entre as LDP. De fato, a precisão do ponto depende diretamente do ângulo de cruzamento das LDP. De modo geral, pode-se afirmar que quando o navio estiver no centro de um círculo imaginário e os pontos visados estiverem dentro de um mesmo semicírculo, o cruzamento ideal das LDP deve ser 180º/(nº pontos visados).

As causas do triângulo do erro no ponto por cruzamento de três retas de marcações podem ser as seguintes:

Erro na identificação de um objeto;
Erro no traçado da linha de marcação;
Falta de rigor nas observações, resultante de limitações da agulha ou das condições de observação;
Erro da giro (ou desvio da agulha) desconhecido ou incorretamente aplicado;
Intervalo de tempo excessivo entre as observações extremas; e

Seqüência de observação de marcações e distâncias

a) Marcações:

Para que as LDP possam ser consideradas simultâneas, é essencial que seja mínimo o intervalo de tempo decorrido entre as observações. Ademais, é necessário que seja obedecida uma seqüência adequada de obtenção de marcações. A mais usual recomenda observar-se, primeiramente, os pontos próximos da proa ou da popa, e, por último, os próximos do través, cujos valores das marcações variam mais rapidamente. Neste caso, a hora da observação deve corresponder ao instante da última visada, tal como ilustrado na figura abaixo:

Entretanto, pode-se, também, observar primeiro as marcas pêlo través, e, por último, as próximas à proa e popa. Neste caso, adota-se para a posição a hora da primeira observação. Ou seja, a hora da posição deve corresponder ao instante da observação da LDP que varia mais rapidamente.

b) Distâncias:

Registro das observações

Todas as LDP observadas devem ser cuidadosamente anotadas, para permitir uma plotagem correta das posições na carta e, até mesmo, uma avaliação posterior da navegação realizada. Na MB, as observações que originam LDP e outra informações relativas à navegação são registradas em um modelo apropriado (Folha N-2), mostrada abaixo. Estes registros constituem um documento legal do navio.

POSICIONAMENTO DE UM NAVIO EM NAVEGAÇÃO COSTEIRA, ATRAVÉS DE CRUZAMENTO DE DISTÂNCIAS E/OU MARCAÇÕES SIMULTÂNEAS

Circunferência de Igual Distância (normalmente obtida por radar):

O cruzamento das 2 LDP (o lugar geométrico comum às LDP) é o ponto observado "¤ " onde se encontra a embarcação.

OBS.: Sempre que possível, para confirmação, deve-se obter 3 (ou mais) LDP, que devem se cruzar num mesmo ponto.

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