Tortura


Tortura

Peno noite adentro, quarto inquieto, sofrimento
Teimo, urro, apertando, querendo expulsar; alcançar
O perfeito, o correto, o uniforme e no abraço abraçar
Não largar, não perder, talvez, o último momento


Ardo corpo adentro, sofro perturbada me buscando
Encontro, mas deixo. Enxergo de perto a discordância
Me levo daqui para aí, não quero. Volto, sem importância
Não me deixa, desprende que não tolero, vou suportando


Drama que acumula o vazio que preenche a inferioridade
Soberana, mundana que a esse espírito não mais compete
Corpo na noite, pena que arde. No abraço, a atitude insana:


O grito que rasga a alma, que sangra, que emana
Dessa dor-tortura que enlouquece e me submete
À postura irrevogável, ao ato frio, covarde (piedade).




Mandinha* - 16/09/99


desde 23/09/99


Amanda*
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