A HISTÓRIA de HOMICIDE |
HOMICIDE: LIFE ON THE STREET é um seriado que estreou no inverno de 1993 (** de janeiro) e terminou no verão de 1999, tendo completado 7 anos no ar pela rede americana NBC. Setes anos estes de muito sucesso, pois quando nos deparamos com telespectadores assíduos da série na Internet, estão muito saudosos (até fãs de outros dramas consideram Homicide um dos melhores).
A série foi inspirada no livro de David Simon, criada por Paul Attannasio e conta sobre a vida, os casos e as reações dos detetives da unidade de Homicídios da cidade de Baltimore, do estado de Maryland, leste dos Estados Unidos. Cada caso que aparece reflete algo da vida dos detetives, como o mais famoso de todos os casos da série, que nunca foi fechado: Adhena Watson. Talvez esse homicídio consiga resumir o que foi, ao longo dos sete anos, esse extenso programa de TV.
O inexperiente Timothy Bayliss chega à unidade vindo do departamento de segurança do Prefeito (sem ainda ter trabalhado como detetive) dizendo ter alcançado o sonho de sua vida: ser detetive da Homicídios, onde os policiais usam a cabeça e não simplesmente as armas. Mas não consegue conquistar o respeito de seus colegas logo de início (apenas com alguns anos de experiência), todos o vêem como um incopentente que só conseguiu chegar ali por trabalhar diretamente para o Prefeito. Só encontra um certo apoio no experiente e acostumado a lidar com novatos, tenente Al Giardello.
Tim pega o seu primeiro caso como o primário, o da menina de 10 anos com o rosto de um anjo que fora estuprada, estrangulada (causa da morte), esfaqueada, estripada e encontrada num beco. Tim tem que provar para si mesmo, para os seus colegas e para os superiores que pode cuidar do caso e fechá-lo. Frank Pembleton quer o caso para si, mas Gee não se abala, sabe que Bayliss pode cuidar dele e passa por cima de coronéis e capitães para prová-lo.
Ao longo do caso, pode-se perceber que ele perturbou muito o novato e essa perturbação o marcará para o resto de sua vida. O suspeito, o "burro sem rabo" para quem Adhena trabalhava, acaba se matando e pondo um sentimento de frustração em Tim, pois não foi capaz de prender o suspeito de seu primeiro caso e ao longo dos anos, a cada crime similar, acha novos suspeitos para o caso mais antigo.
Nenhum outro detetive diz claramente que teve um caso como esse que o marcou pelo resto da vida, mas todos o têm e sabem disso. Com o passar do tempo, os detetives vêem com naturalidade o assassinato de uma pessoa, não importando o quão cruel foi - o exemplo mais claro disso é o personagem detetive Beau Felton -, mas sempre em meio aos casos considerados normais, há aqueles que nunca sairão da mente de seu detetive, até mesmo para o durão Frank Pembleton, para o cínico John Munch, para a competente Kay Howard, ou para o debochado Meldrick Lewis, etc.
Esse seriado demonstra muito bem esses aspectos,
deixando evidente as impressões dos detetives através de seus bem-escolhidos atores e
por sua boa definição mesmo apenas no papel. Com HOMICIDE, pode-se ter uma idéia
muito clara de como é a vida dos detetives e o procedimento policial nas ruas de
Baltimore.