O treinador Evaristo de Macedo, que não resistiu aos péssimos resultados do Bahia na segunda divisão do Campeonato Brasileiro, justificou ontem a entrega do cargo. "Eu não estava em situação cômoda para trabalhar na segunda divisão. Esperava que a equipe se saísse bem na Série B, como aconteceu no Campeonato Baiano e no Torneio Governador do Estado (Taça Maria Quitéria), quando fomos campeões, mas os resultados positivos não aconteceram. Independente da derrota em Belém, eu já estava decidido a deixar o Bahia, pois acredito que o time precisa de mais motivação". O técnico campeão brasileiro pelo Bahia em 1988 afirmou ainda que sua saída foi uma estratégia para que os jogadores saibam que têm que dar muito mais pelo clube, têm que assumir a responsabilidade pelo insucesso do time.

Evaristo de Macedo lamentou não ter recebido os jogadores indicados por ele como reforços para a segunda divisão, a exemplo do atacante Valdir, atualmente no Atlético-MG. Salientou que a saída do preparador físico Lúcio Novelli provocou um retrocesso na preparação física dos jogadores. "Naquela época, se alguns tinham uma vida extracampo com um comportamento inadequado, em campo não se sentiam problemas, não havia prejuízos, pois a preparação era muito boa. Houve um retrocesso com a saída do Lúcio Novelli. Aconteceu uma baixa muito grande na preparação física".

O treinador lamentou sua suspensão, imposta pelo extinto Tribunal da CBF, pois ficou que quatro jogos fora do banco de reservas. "Minha presença no banco era muito importante, principalmente para realizar a comunicação. Minha saída servirá para motivar os jogadores. Eu lamento muito que o Bahia não esteja na primeira divisão. O momento é de muita reflexão. O Bahia precisa reativar seu espírito de luta para voltar à primeira divisão".

Evaristo de Macedo não acredita que vá ter problemas para fazer a rescisão contratual hoje à tarde com o Bahia S/A. Não existe multa rescisória e certamente o acordo será amigável entre o treinador e o clube empresa.

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