31. A Universidade brasileira tem que ser reconhecida como parte integrante do SUS. Neste sentido, deve ser fortalecida para realizar, de acordo com os princípios do mesmo, suas atividades de ensino pesquisa e extensão. Daí a importância de se garantir sua autonomia para preservá-la da perseguição ideológica e possibilitar o desenvolvimento de uma postura crítica frente ao conhecimento e às práticas sociais;
32. O desenvolvimento de estágios curriculares em unidades básicas de saúde para alunos durante todo o curso de graduação em odontologia, proporcionará um contato mais prolongado com as diversas realidades existentes no país, pois atualmente esta tarefa cabe somente às disciplinas responsáveis pela saúde pública, reduzindo a capacidade de intervenção dos programas de integração ensino-serviço;
33. As reformulações nas grades curriculares dos cursos de odontologia deverão incluir a abordagem social, antropológica e pedagógica necessária para a ruptura do estigma de "odontologia social como odontologia dos pobres", considerando que tais preocupações há mais de uma década já foram identificadas, o que indica a urgência de tais modificações. Os currículos atuais caracterizam-se por uma prática de exclusão ao ignorar a dimensão humanitária da ação profissional. Assim sendo, tanto as atividades teóricas como práticas deveriam contemplar a dimensão multiprofissional considerando saúde como um todo e não apenas a saúde bucal. Por outro lado, as ações deveriam extrapolar o âmbito do paciente como uma unidade isolada, passando a considerar suas relações familiares e sociais.
34. Durante a formação do CD, THD, TPD, ACD e APD deverá haver uma integração buscando consolidar a equipe de saúde bucal, através de uma concepção pedagógica/filosófica que oriente este processo;
35. Promover a capacitação integral dos recursos humanos para o atendimento a pacientes especiais (soro positivos, recém -nascidos, idosos, portadores de patologias crônicas, gestantes e portadores de deficiências) visto que a desinformação gera restrições à assistência a estes grupos;
36. Promover a capacitação dos técnicos das companhias de abastecimento de água, esclarecendo-os sobre a importância da fluoretação das águas na redução da prevalência da cárie dental;
37. É necessário que os serviços e instituições promovam a capacitação e atualização dos profissionais das equipes de saúde, quanto ao cumprimento das normas de biossegurança nos locais de trabalho;
38. Na formação de multiplicadores de informação (agentes comunitários de saúde ou voluntários), deve-se incluir na sua capacitação a promoção de saúde bucal coletiva, objetivando uma visão ampliada e integral da saúde.
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