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Os maiores avanços nas áreas de Educação e Saúde, tais como o abastecimento de água à região da sede, o posto de saúde e o primeiro colégio de segundo grau, vieram ocorrer nos últimos 3 anos. Ainda assim o município é considerado como área de risco pela 10a DIRES (Diretoria Regional de Saúde).
A saúde é predominantemente pensada pela população e pelo poder municipal apenas como atendimento médico curativo. Observa-se um escasso investimento em prevenção: praticamente toda a verba destinada à saúde é gasta na remuneração dos profissionais e na distribuição de remédios.
A municipalização da saúde ocorreu há apenas sete meses. Segundo os munícipes, a instalação do Conselho Municipal de Saúde não foi precedida por um esclarecimento da população sobre sua função e importância, razão pela qual o conselho não havia influenciado expressivamente o gerenciamento da saúde. O Programa de Agentes Comunitários de Saúde estava em fase de implantação enquanto estivemos na cidade.
Pode-se afirmar que a entidade que realmente desenvolve um trabalho preventivo em saúde em Cel. João Sá é a Igreja, através das pastorais da Criança e da Saúde e das Comunidades Eclesiais de Base. Percebemos que as comunidades rurais em que essas entidades trabalham têm um melhor conhecimento sobre a importância do soro caseiro, do aleitamento materno, etc. A Igreja tenta suprir parte das enormes carências da população. Tendo em vista que as maiores conquistas em saúde e educação no município ocorreram nos últimos três anos, pode-se deduzir o quadro de abandono em que a população viveu anteriormente a este período. Trata-se de uma população que permaneceu quase completamente desassistida pelo Estado e cujo único acesso a algum tipo de saúde preventiva e educação (como se verá mais adiante) durante muito tempo foi oferecida pelas pastorais.
Coronel João Sá é o município com o segundo maior grau de anlfabetismo do país. Nestes últimos três anos, a rede de ensino público foi bastante ampliada, promovendo o acesso de 3.000 crianças à escola, segundo informações da prefeitura. O colégio de segundo grau foi construído recentemente, e em 1995 uma turma de vinte alunos foi a primeira a concluir o magistério. Alguns destes irão trabalhar nas escolas do município.
Na zona rural há escolas de primeiro grau menor, contudo nem todas as comunidades possuem um grupo escolar nas proximidades. Por isso a extrema importância do trabalho da Pastoral da Criança, que incentivou a criação de escolas comunitárias. Durante todo o tempo em que o acesso à educação institucional foi dificultado a essas comunidades, o único tipo de educação possível foi o das professoras leigas.
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