Linha de Transmissão - Rapsódia I
Rapsódia I - Um sonofletor de três vias


Antes de descarregar o projeto leia os termos de compromisso.
Projeto do sonofletor - Plans



          Este sonofletor de três vias é adequado para sonorizar salas típicas de audição.
          Diferentemente dos sonofletores bass-reflex e suspensão acústica, a linha de transmissão oferece ao hobista possibilidades para experimentos. Talvez, este seja o principal motivo da LT ser a caixa preferida por muitos hobistas. A mais importante característica da LT, no entanto, é a qualidade sônica.
          Este é um sonofletor "mais comportado", de baixa sensibilidade, designado para ambientes não muito grandes. E, mais adequado à reprodução de Jazz e Música Clássica.
          A Rapsódia oferece boa reprodução das freqüências médias e altas. Porém, requer um certo reforço nos graves, para reproduzi-los de modo aceitável.


          Duas linhas de transmissão foram utilizadas no projeto Rapsódia I:

          Uma linha aberta para os graves.

          Uma linha fechada para os médios.

          A altura de caixa e disposição dos falantes foi estudada, de modo, a proporcionar uma audição confortável, respeitando as características dos tweeters de tira. Certamente, tweeters domo também podem ser utilizados com sucesso.

          Para a reprodução das freqüências centrais do espectro de áudio, pode ser utilizado um alto-falante de faixa ampla, ou um médio, do tipo aberto, pois médios selados, não servem.

          A freqüência de ressonância do woofer de 20 cm, 8', deverá, preferencialmente, estar próxima a 20 Hz. Isso não impede que woofers com freqüência de ressonância mais alta, sejam experimentados. Pois, alto-falantes de oito polegadas, com freqüência de ressonância próxima dos 20 Hz, não são comuns.
          O modelo 21W/8554-00 da Scan-speak, com ressonância em 23 Hz, é uma opção a ser considerada.
 

Scan-speak   21W/8554-00


Characteristic sensitivity (2.83V / 1m)
-
90 dB
Recommended frequency range
-
23 - 4000 Hz
Free air resonance frequency, fs
-
23 Hz
DC resistance, Re
-
5.5 ohm
Voice coil inductance, Le
-
0.2 mH
Effective piston area, Sd
-
220 cm²
Moving mass incl. air, md
-
20.5 g
Mechanical loss, Rm
-
1.7 Ns/m
Force factor, BL
-
8.0 Tm
Equivalent volume, Vas
-
160 ltr.
Mechanical Q-factor, Qms
-
1.7
Electrical Q-factor, Qes
-
0.25
Total Q-factor, Qts
-
0.22
Excursion, lin./max.
-
±6.5 / ±10 mm
Voice coil diameter
-
42 mm
Rated power handling
-
110 W
Net weight
-
2.4 kg


Legenda:


=
Algodão

=
Feltro

=
Espuma PU (ver texto)


          No projeto não há indicação do diâmetro dos furos reservados aos falantes, porque isso depende dos modelos dos alto-falantes escolhidos. É interessante adquirir primeiramente os alto-falantes antes de furar o painel frontal do sonofletor.
          O gabinete poderá ser construído em MDF.
          A construção deve ser realizada com capricho, não permitindo que existam peças com fixação deficitária pois, poderão vibrar e gerar ruídos e colorações. Se você não possuir habilidades ou ferramentas para trabalhar com madeira procure um bom marceneiro para realizar o serviço.

A gravura ao lado demonstra uma alternativa para facilitar a construção de uma das divisões internas do sonofletor. Três ou mais chapas finas, com diferentes dimensões,  podem ser utilizadas para se obter o formato correto da peça.


 As partes internas do sonofletor devem ser revestidas com algum tipo de feltro ou outro bom absorvente acústico (espuma acústica, por ex.). Para facilitar a instalação do material, é interessante fazer uma das laterais removível.
          Adesivo de silicone, ou outro produto próprio para vedação, pode ser aplicado nas junções entre a tampa (lateral) e as demais peças da caixa, para evitar vazamento de ar. Aplique o adesivo de silicone em ambas as faces e espere secar, antes de fechar a caixa.
          O compartimento do falante de médios deverá ser estanque. Cuide para não haver fuga de ar, entre a divisão que separa as duas linhas de transmissão, se houver vazamento, haverá também distorções no som.
          Especial atenção deve ser dispensada a vedação dos furos, por onde passam os fios (ou terminais de conexão - compostos por parafusos, porcas e terminais soldáveis) dos falantes de graves e médios. O adesivo de silicone também é útil para vedar tais orifícios.
          Os conectores da caixa (bornes) podem ser instalados em um painel removível localizado na parte posterior do compartimento designado ao tweeter. Este compartimento é amortecido acusticamente para evitar colorações. No caso de se utilizar crossover passivo, este, pode ser instalado no mesmo compartimento, porém distante do tweeter.
          A diferença de sensibilidade entre os transdutores, bem como, o uso da linha de transmissão, dificulta o correto alinhamento dos divisores passivos (instalado entre o amplificador e os transdutores).
Por isto, recomendo utilizar um bom divisor ativo de três vias e bons amplificadores.



          Neste site você encontrará vários projetos de crossovers ativos.


O interior da caixa é preenchido com algodão, lã de poliéster, Dracon, ou outro material absorvente acústico, A distribuição deste material deve respeitar o critério de distribuição sugerido no desenho, onde, as áreas mais claras representam maior densidade de material.
          Seja qual for o material  escolhido não permita que este encoste no cone dos alto-falantes.

          Seria interessante utilizar materiais reciclados para preencher o sonofletor. Experimente desfiar sobras de tecidos até obter uma espécie de "estopa", com densidade de aproximadamente 8 kg/m3. Difícil será conseguir uniformidade na densidade. Se você conseguir um produto com densidade uniforme, a partir da reciclagem artesanal de tecidos, ou outro material, escreva relatando sua experiência. Provavelmente, ela será publicada neste site.


Estas partes  podem ser preenchidas com espuma de poliuretano (auto-expansível ou não), sobras de feltro, ou de folhas de E.V.A. (copolímero etileno-acetato de vinila), facilmente encontrado em casas de produtos para artesanato. O uso das sobras de E.V.A., resultante da produção de calçados é interessante do ponto de vista ecológico, visto que, existe grande quantidade deste material, sem destinação adequada.

Quarta-feira, 1 de janeiro. Verão de 2003
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