Catita sem braço
Um dia, Bernardo Guimarães encontra a mucama (escrava de serviços caseiros) chorando
copiosamente.
Motivo: ela tinha derrubado uma estatueta -um pastor tocando um flauta--, quebrando os
braços da peça.
B.G. não se abalou. Em vez de uma
reprimenda, ele pegou um pedaço de papel e escreveu este versos:
Aqui, em cima desta mesa,
Eu tinha um belo catita,
Com a carinha tão bonita,
Tocando o seu flautim...
Coitado do meu catita!
Que teve o mais negro fim...
Valei-me Senhor dos Passos!
Meu catita está sem braços,
Não pode a flauta tocar!
Uma tão triste dor
Hei de sempre lamentar...
|