No bairro onde fui criança (La Plata-RA) nessa época
as ruas eram de pedra ("adoquines"), blocos de granito.
Resistiam trafego pesado, que na época não era
muito. Bondes e caminhoes. Conto isto por saudosismo? Sim,
mas não por nostalgia pura e simples senão porque
me parece que, neste sentido o progresso não aconteceu, apenas a
evolução.
Naquela cidade, as ruas do centro foram pavimentadas. Mas o pavimento, sempre durou bastante. Porem nao tanto quanto os blocos de granito (No Paraná temos uma estrada que desce a serra até Morretes, acho que com 400 anos de idade) . Mas era necessário mudar, para dar velocidade ao tránsito.
Agora em Campinas, temos os seguintes problemas:
1) Falta de emprego.
2) Inundações.
3) Pouca durabilidade do asfalto (em tempo de chuva, os
consertos
não valem por mais de poucos dias).
4) Custo do asfalto.
5) Custo da manutenção do asfalto.
6) Alta velocidade do tránsito.
7) Custo dos controladores eletrônicos de velocidade do
tránsito.
Vendo isto, percebí graças ao jornal "Diario do Povo"
um ano atras, que as ruas de blocos são solução
para as inundações (problema 2), pois permitem que a
terra absorva a chuva, por vez de concentrar a àgua em outros
lugares
da cidade. Mas o problema mencionado era a falta de obra
"especializada". Será que não é
possível dar emprego para colocar blocos, bem?. Isso resolveria
o problema 1, desconfio que por custo menor que os dos problemas 4,5 e
7, resolvendo também os problemas 3 e 6.
As vezes o progresso está em não seguir a corrente.
Como no bairro da Vila São João, em Barão Geraldo,
onde os moradores, por maioria simples, decidiram não
pavimentar. Pouparam dinheiro e ganharam em tranquilidade,
acredito.
Qualidade de vida também tem valor.
Se eu estiver enganado, aceito críticas, que certamente
analizaré e, resumidamente, colocarei aqui.
Referência: vai aqui o endereço de uma Pedrera que trabalha com paralelepípedos (o dado é antigo, de 1995):
São João das Pedras Ltda. ME Itatiba Sr. Oleno
Storani F/ax (011)405-1309
Anexo no dia 01/03/03:
Não é só pobre
que rouba
Não tinha comentado o problema do
roubo de terreno público das márgens de córregos e
rios, impremeabilizando-o. E não é somente sem-terra que
faz isso: ricos empresários também. A margem, pela lei,
é de 20 m a cada lado. Em Barão, temos o córrego
Rio das Pedras, que ao passar pela Escola
Rio Branco tem boa parte dele ocupada pela escola, com muro e
tudo, que passa a água que deveria reter e abosrver, para a
frente. Mais á frente, então temos o supermercado Pão de Açucar, que,
querendo uma rua por trás, também robou parte do
terreno. Foi punido com uma exigência: o plantío de
árvores, que claro, não aconteceu, nem é o tipo de
punição correta. Mais adiante então, temos o
Centro Comercial TILLI CENTER,
que coloca estacionamento nesse terreno público. No dia 17
de
fevereiro de 2.003, a água das chuvas atingiu até as
lojas desse centro, e não houve vítimas, desta vez, por
um acaso, pois a correnteza era igual á de um rio. Filmei
esse
acontecimento (formato Real).
Continuando (dia 24.11.03):
Crônica de uma morte anunciada
Não registrei a parte onde um carro foi levado pela correnteza,
e quase que um ciclista foi levado também. Depois disso, no
local a frente, colocaram um grande muro (sempre em terreno
roubado) e na outra esquina, colocaram uma elevação
do terreno para fazer mais uma construção. É
só esperar uma chuva torrencial, que teremos uma vítima
fatal, e não será acidente.
Quando liguei para a sub-Prefeitura de Barão Geraldo,
responderam que eles não fiscalizam, que a queixa tem de
ser dada pelo cidadão, pelo Tel. 156.
E já que falamos no Pão de Açucar, não
somente leva a margem do córrego, senão que paga para que
carros de som *ilegais* fazam propaganda a semana inteira, em alto
nível. Soube da ilegalidade pela sub-Prefeitura, nesse caso o
cidadão tem de ligar para a Guarda Municipal.