[
A
Morte em Gênesis 5]
[Estudo
Textual: 1 Coríntios 6:1 - 7:40 Moralidade Cristã]
[O
Cristão e seu Dinheiro]
[O
Que a Bíblia Diz? O que é um "diácono"?]
O Cristão e seu Dinheiro
A Bolsa de Valores sobe! Juros caem!
Inflação voltará? Crise eco- nômica preocupa o governo! As manchetes
nos jornais, revistas e programas de televisão não param de falar sobre
dinheiro. No Brasil, como em muitos outros países, governos são eleitos
e desfeitos por circunstâncias e políticas econômicas.
Mas, essa preocupação com dinheiro não é assunto exclusivo do governo.
Muitas igrejas, também, se dedicam à busca do dinheiro. Algumas
enfatizam a procura da prosperidade na vida dos adeptos, e muitas mostram
uma preocupação muito grande em arrecadar dinheiro para a própria
igreja. A maioria das pessoas vive numa constante agitação por causa de
diversos problemas financeiros—contas já vencidas, desejos de receber
aumentos salariais, dívidas assutadoras. O que Deus ensina para nos
ajudar no meio de tanta preocupação sobre o dinheiro? Vamos examinar
alguns princípios bíblicos que vão nos ajudar a fazermos a vontade de
Deus na aquisição e uso do dinheiro. A Bíblia fala muito sobre esse
assunto; por isso, este artigo contém muitas citações bíblicas. Por
favor, tome o tempo necessário para ler cada passagem e confirmar que o
ensinamento aqui é de Deus, não de meros homens.
O dinheiro é nossa ferramenta, não nosso dono
Muitas pessoas são escravas do
dinheiro. Lutam tanto para ter dinheiro que nem têm tempo para gozar da
sua prosperidade! O desejo de ter coisas e acumular riquezas domina a vida
de muita gente. Você já ouviu alguém falar sobre as posses de Bill
Gates ou outro rico com tom de inveja na voz? O servo de Deus precisa
reconhecer que o dinheiro é uma ferramenta que deve ser empregada em boas
obras, e não nosso senhor. Uma das táticas mais eficazes do diabo é
apagar o zelo do cristão com preocupações financeiras (Mateus 13:22).
Jesus ensinou claramente que nós temos que escolher entre dois senhores
(Mateus 6:19-34).
Mas, muitas pessoas se tornam escravas do dinheiro por acumular dívidas.
Por que alguém assinaria um papel para assumir dívida e pagar juros—
às vezes tão altos que acabam multiplicando o custo da compra? Os
problemas mais comuns com dívida são: Œ
Motivos errados: avareza, cobiça e inveja (Provérbios 23:1-5;
Tiago 4:2-4). Em vez de trabalhar e exercer domínio próprio para poupar
dinheiro e comprar à vista, pessoas se enganam e pagam prestações para
obter as coisas imediatamente.
Procedimento errado: desonestidade. A pessoa que promete pagar é
obrigada cumprir a promessa. Aquele que promete e não paga está pecando.
Quem promete quando sabe que não tem condições para pagar é um
mentiroso indigno da vocação a que fomos chamados (Efésios 4:1,25;
Mateus 5:37). Ž
Vida desordenada: falta de administração. Ao invés de cuidar das
suas obrigações como Deus mandou, o devedor acaba sendo dominado por
outros (Provérbios 22:7). Falta domínio próprio, uma das qualidades
essenciais da vida cristã (Gálatas 5:23; 2 Pedro 1:6).
Os servos de Deus precisam entender bem alguns princípios que a Bíblia
ensina sobre o dinheiro, para não serem enganados e escravizados ao
dinheiro. Aprendemos nas Escrituras que nunca devemos pôr nossa
confiança nas riquezas (1 Timóteo 6:17-19; Provérbios 11:28; Lucas
12:15-21; 1 Timóteo 6:4-11). O dinheiro não é fonte de alegria ou
contentamento (Provérbios 15:16-17; Eclesiastes 5:10-11). Apesar das
doutrinas de muitas igrejas hoje que dizem que a prosperidade é
evidência da fidelidade, a Bíblia ensina que nem riqueza nem pobreza,
por si só, nos faz melhor servos de Deus. É bom ter o suficiente, mas
não o excesso (Provérbios 30:7-9).
Honestos no trabalho e nas finanças
Há muita preguiça e desonestidade no
mundo, mas o discípulo de Cristo tem que tirar tais atitudes pecaminosas
de sua vida. Devemos trabalhar honestamente e diligentemente, lembrando
que o Senhor está nos observando (Colossenses 3:22-25; Provérbios
27:23-27). O preguiçoso está sempre se enrolando em negócios que, diz
ele, trarão riquezas fáceis e rápidas. Homens sem entendimento têm
cometido o mesmo erro por milhares de anos. “O que lavra a sua terra
virá a fartar-se de pão, mas o que se ajunta a vadios se fartará de
pobreza. O homem fiel será cumulado de bênçãos, mas o que se apressa a
enriquecer não passará sem castigo.... Aquele que tem olhos invejosos
corre atrás das riquezas, mas não sabe que há de vir sobre ele a
penúria” (Provérbios 28:19-20,22). O cristão precisa abandonar
qualquer maneira desonesta de ganhar dinheiro e fazer “com as
próprias mãos o que é bom” (Efésios 4:28).
Não somente no trabalho, mas em todos os negócios, devemos ser
absolutamente honestos (Provérbios 10:2; 16:8; 20:17; 22:28). “Trabalhar
por adquirir tesouro com língua falsa é vaidade e laço mortal” (Provérbios
21:6). A pessoa honesta evitará dívidas desonestas e excessivas
(Provérbios 22:7,26-27). Ela pagará os devidos impostos e obedecerá as
leis do governo (Mateus 22:17-21; Romanos 13:1-7; 1 Pedro 2:13-17). Não
será gananciosa, nem oprimirá outros (Provérbios 28:8; Tiago 2:6-7;
5:1-6; Amós 8:4-6).
Cumprindo obrigações financeiras
O cristão deve administrar bem seu
dinheiro, porque Deus lhe deu várias responsabilidades. A pessoa que usa
seu dinheiro para servir da maneira que o Senhor quer está se preparando
para estar com Deus para sempre (1 Timóteo 6:17-19; Lucas 16:1-13).
Considere algumas responsabilidades — ou, melhor, privilégios — que
ele deu aos seus servos.
Participar do trabalho da igreja: Desde o início, a igreja do
Senhor tem recebido e usado dinheiro no seu trabalho. No Novo Testamento,
aprendemos que a igreja recebeu dinheiro por ofertas voluntárias (Atos
4:32-37) dadas no primeiro dia da semana (1 Coríntios 16:1-4). Essas
coletas foram feitas em cada congregação local, e a própria
congregação empregou o dinheiro no trabalho autorizado por Deus. (Uma
igreja que manda dinheiro para alguma sede, matriz ou igreja mãe, ou que
sustenta algum tipo de instituição criada por homens está fugindo do
padrão bíblico.) Cada cristão tem a responsabilidade de dar “conforme
a sua prosperidade” (1 Coríntios 16:2), “segundo tiver
proposto no coração” e “com alegria” (2 Coríntios
9:7). Enquanto o Novo Testamento não exige o dízimo (que foi um valor
obrigatório para os judeus sob a lei de Moisés), não devemos pensar que
Deus quer só as migalhas que sobram depois de nos fartar. Jesus elogiou o
espírito de sacrifício da viúva pobre (Lucas 21:1-4). Paulo agradeceu o
sacrifício dos filipenses como uma oferta agradável a Deus (Filipenses
4:18). Ele elogiou os irmãos da Macedônia por sua generosidade, dizendo
que “deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor” (2 Coríntios
8:5). Eles descobriram a chave da generosidade. A pessoa que recusa dar
liberalmente tem esquecido que Jesus deu a própria vida para nos
resgatar. Devemos sacrificar com alegria!
Sustentar a família: Numa época em que muitas famílias sofrem
por causa da preguiça e irresponsabilidade de homens, devemos lembrar que
quem é convertido a Cristo vai se transformar. Paulo confrontou esse
problema de homens ociosos em tessalônica, e os sacudiu com palavras
claras: “...e a diligenciardes por viver tranqüilamente, cuidar do
que é vosso e trabalhar com as próprias mãos, como vos ordenamos; de
modo que vos porteis com dignidade para com os de fora e de nada venhais a
precisar” (1 Tessalonicenses 4:11-12); “Porque, quando ainda
convosco, vos ordenamos isto: se alguém não quer trabalhar, também não
coma....determinamos e exortamos, no Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando
tranqüilamente, comam o seu próprio pão” (2 Tessalonicenses
3:10-12). Em outra carta, ele falou da obrigação de sustentar parentes,
especialmente viúvas: “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e
especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o
descrente” (1 Timóteo 5:8).
Ajudar os necessitados: Como discípulos de Cristo, temos a
responsabilidade de usar o nosso dinheiro para ajudar os necessitados.
Generosidade faz parte do caráter do cristão verdadeiro. Devemos
trabalhar para ter condições para ajudar outros (Efésios 4:28). Os que
são abençoados com coisas materiais devem as usar para boas obras de
caridade (1 Timóteo 6:17-18). Cada um de nós tem a responsabilidade de
ajudar as viúvas e os órfãos (Tiago 1:27). Entre as coisas que Jesus
vai examinar no julgamento é nossa benevolência para com outros (Mateus
25:35-46). Cada um responderá pelas coisas feitas nessa vida. Vamos
meditar nos ensinamentos bíblicos para aprender como mostrar esse cuidado
para os outros (leia Salmo 112:5-6; Mateus 19:21; 1 João 3:17). Sempre
lembremos que o segundo grande mandamento é amar ao próximo
(Mateus 22:39).
Motivos para ser bons administradores
Quando consideramos tudo que devemos
fazer com nosso dinheiro, compreendemos a importância da boa
administração financeira. Nosso dinheiro é uma ferramenta que devemos
empregar para fazer a vontade de Deus. Somos privilegiados em participar
do trabalho de uma igreja e em ter condições para sustentar a família e
ajudar outras pessoas. E, no final das contas, qualquer sacrifício que
oferecemos será nada em comparação com o sacrifíco de Jesus na cruz
(Lucas 17:10).
-por Dennis Allan
D65
Leia mais
sobre este assunto:
O Que a Bíblia Ensina sobre a Igreja e seu Dinheiro?
O Cristão e o Emprego
