As "Testemunhas de Jeová"--
São mesmo? (Parte 1)
Neste artigo examinaremos as reivindicações das "Testemunhas de Jeová". Este é um movimento religioso que, ainda que pequeno na idade (foi fundado no fim dos anos 1800), exerce influência no mundo religioso de hoje em escala internacional. Há pouca oportunidade para se separar a história das Testemunhas de Jeová e a dos homens que serviram como presidentes da Sociedade Torre de Vigia. O primeiro destes foi Charles Taze Russell (1881-1916), sucedido por J. F. Rutherford (1917-1942), sucedido por Nathan Knorr (1942-1977), sucedido pelo atual presidente da Sociedade, Fred Franz.

Não estamos motivados a fazer este exame por qualquer dúvida quanto a sinceridade e integridade pessoal das Testemunhas de Jeová mas, antes, por nossa extrema concordância com o seguinte preceito declarado numa publicação de uma Testemunha de Jeová:
   
"Precisamos examinar, não somente o que cremos pessoalmente, mas também o que é ensinado por qualquer organização religiosa à qual possamos estar associados. Seus ensinamentos estão em plena harmonia com a Palavra de Deus, ou estão baseados em tradições dos homens? Se somos amantes da verdade, nada há a temer de tal exame." (The Truth That Leads to Eternal Life, Brooklyn: The Watchtower Bible and Tract Society of Pennsylvania, 1968, pág. 13).
   
As Testemunhas de Jeová crêem que todos devemos examinar nossas crenças religiosas, um preceito que podemos encontrar também dentro das páginas da Bíblia (Efésios 5:9-11; 1 Tessalonicenses 5:21; 1 João 4:1). Esperamos que elas não se ofendam com nosso exame de algumas de suas crenças fundamentais que parecem estar fora de harmonia com a vontade revelada de Deus. Se elas, na realidade, têm a luz da verdade de Deus, deveriam estar desejando perfeitamente ter suas crenças expostas à luz do exame público minucioso, porque Jesus disse em João 3:20-21:

"Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüídas as suas obras. Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus."

Assim, examinar a doutrina das Testemunhas de Jeová é obedecer tanto a Jesus como à Sociedade Torre de Vigia, e deverá ser agradável a ambos.
   

A organização das Testemunhas de Jeová
foi confessamente baseada na aceitação
forçada dos ensinamentos de falsos profetas


Para levar a efeito tanto o que a Bíblia como a Sociedade Torre de Vigia nos encorajam a fazer, é necessário saber o que é um falso profeta. Em Deuteronômio 18:20-22, encontramos a definição de Deus:

"Porém o profeta que presumir de falar alguma palavra em meu nome, que eu lhe não mandei falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta será morto. Se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o S
ENHOR não falou? Sabe que, quando esse profeta falar em nome do SENHOR, e a palavra dele não se cumprir, nem suceder, como profetizou, esta é palavra que o SENHOR não disse; com soberba, a falou o tal profeta: não tenhas temor dele."

Que as Testemunhas de Jeová crêem realmente que sua organização é um "profeta" estabeleceremos plenamente mais tarde. Para o presente, contudo, citemos de um artigo de 1 de Abril de 1972, da Watchtower (a revista conhecida no Brasil como Sentinela), "Eles Saberão que um Profeta Estava entre Eles", a seguinte afirmação:

"Então, Jeová tem um profeta para ajudá-los, para adverti-los dos perigos e para declarar as coisas que estão por vir? Estas perguntas podem ser respondidas afirmativamente. Quem é o profeta? ...Este 'profeta' não era um homem, mas um corpo de homens e mulheres. Era um pequeno grupo de caminheiros seguidores de Jesus Cristo, conhecido naquele tempo como Estudiosos Internacionais da Bíblia. Agora são conhecidos como  as testemunhas cristãs de Jeová...." (The Watchtower, 1 de julho de 1973, pág. 401; 1 de abril de 1972, pág. 197, citada por Edmond C. Gruss, We Left Jehovah's Witnesses ­ A Non-Prophet Organization, Nutley, NJ: Presbyterian and Reformed Publishing Co., pág. 137.)
   
Desde o início das Testemunhas de Jeová, seus líderes têm inculcado em seu povo um sentido de urgência sobre a batalha de Armagedom. Eles lhes asseguram que a batalha de Armagedom (ou Har-Magedon nos escritos deles), "A Batalha de Jeová Deus Todo-poderoso na qual seu oficial executivo Jesus Cristo conduz forças de justiça invisíveis para destruir Satanás e sua organização demoníaca e humana, eliminando a impiedade do universo e estabelecendo a soberania universal de Jeová", está realmente sobre elas. A lista seguinte de predições e datas mostra a extrema incapacidade destes líderes para predizer a "batalha de Har-Magedon" e, conseqüentemente, prova que são falsos profetas e não devemos temer suas declarações.
   
1877:

"O fim deste mundo, isto é, o fim do evangelho e o começo da idade do milênio está mais próximo do que a maioria dos homens supõe; na verdade, já entramos no período de transição, que tem que ser um 'tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação' (Daniel 12:1)." (N. H. Barbour e C. T. Russell, Three Worlds, and the Harvest of this World, pág. 17, citado por Edmond C. Gruss, Jehovah's Witnesses and Prophetic Speculation, Nutley, N. J.: Presbyterian and Reformed Publishing Co., 1972, pág. 82.)
   
1886:

"A perspectiva na abertura do Ano Novo tem alguns aspectos muito encorajadores. As evidências exteriores são que o agrupamento das hostes para a batalha do grande dia de Deus Todo-poderoso está progredindo, enquanto as escaramuças estão começando. ...É chegada a hora do Messias tomar o domínio da terra e derrubar os opressores e corruptores da terra (Apocalipse 19:15 e 11:17-18) em preparação para o estabelecimento da paz eterna sobre a única fundação firme de justiça e verdade." (Watchtower Reprints, I, pág. 817, citada Ibidem, pág. 82.)
   
1889:

"... a 'batalha do grande dia de Deus Todo-poderoso' (Apocalipse 16:14), que terminará no ano 1914 d.C. com a completa derrubada da presente dominação da terra, já começou. A reunião dos exércitos é plenamente visível do ponto de vista da Palavra de Deus." (The Time is at Hand, 1889 ed., pág. 101. A edição de 1915 deste texto mudou o "1914 d.C." para "1915 d.C.", citado por Gruss, Ibidem, pág. 140.)
   
"Em verdade, é esperar grandes coisas ao declarar, como o fazemos, que dentro dos vinte e seis anos vindouros todos os governos presentes serão depostos e dissolvidos...." (C. T. Russell, Studies in the Scriptures, II, Brooklyn: International Bible Students Association, 1915, págs. 98,99).
   
1894:

"Agora, em vista das recentes perturbações trabalhistas e ameaça de anarquia, nossos leitores estão escrevendo para saber se não poderá haver um engano na data de 1914. Eles dizem que não vêem como as condições presentes podem agüentar durante tanto tempo sob o esforço. Não vemos razão para a mudança dos algarismos, nem poderíamos mudá-los se quiséssemos. Elas são, cremos, datas de Deus, e não nossas. Mas temos em mente que o fim de 1914 não é a data para o início, mas para o fim do tempo de angústia." (Watchtower Reprints, II, pág. 1677, citado Ibidem, pág. 140.)
   
1897:

"... completa destruição 'das forças que forem' de 'este mundo mau presente' -- político, financeiro, eclesiástico -- sobre o fim dos 'Tempos dos Gentios,' 1914 d.C." (C. T. Russell, Studies in the Scriptures, IV, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society 1897, pág. 622.)

Prolongamento

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