Embora aparentemente paradoxal, Projeto Abertura e presídio têm tudo a ver! O desvirtuamento verificado nas instituições penitenciárias, bem como a conduta dos presidiários dentro e fora do sistema carcerário, levam-nos a repensar esta importante questão. As prisões não foram construídas apenas para reprimir e tratar coercitivamente os criminosos! Acontece com esta questão o mesmo que se verifica, por analogia, com os hospitais e com a própria educação!... Parece haver um interesse desmesurado em castigar aqueles que infringiram as leis estabelecidas, independentemente das causas, ainda que certas infrações sejam conseqüência direta das ineficiências, do descaso e da injustiça provenientes de uma educação equivocada e de uma sociedade desestruturada!

O sistema judiciário ao afastar o criminoso do convívio social, pretende (pelo menos teóricamente falando) não só proteger a sociedade da ameaça do delinqüente, como também induzir o infrator a refletir sobre a injustiça por ele cometida perante a sociedade. Mais, deveria obrigar o criminoso a reparar o seu erro com trabalhos comunitários e finalmente recuperá-los para a sociedade, quando possível. Verifica-se entretanto, um total desprezo em relação a estes propósitos. Na maioria das vezes, o atual sistema, acaba por gerar ainda mais desrespeito, provocando um clima favorável ao crime e a todo o tipo de violência. O desdobramento, projeto presídio, assume particular importância, porquanto ao idealizar um presídio modelo desenvolve também uma proposta concreta para atenuar a questão do crime e da violência.

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