O Universo Nasce
Tudo veio do Caos único e reinante, espaço aberto, rude e informe, à espera de ser organizado, onde se encontram os princípios de todas as coisas. O Caos deu origem a Gaia e a Eros, ao Érebo e à Noite.
A Noite se uniu com o Érebo e gerou o Dia e o Éter. Da Noite nasceu o Sono e Tánatos, Gênio masculino alado que personificava a Morte. Dela ainda vieram o Destino, os Sonhos, a Miséria, o Engano, a Velhice, Éris (a discórdia), a Ternura e muitos outros.
Gaia gerou Urano, as montanhas e o Mar. Aos poucos, o Caos foi se constituindo e ordenando por meio de Eros, forma que leva em si os elementos de agregação e combinação. As forças da ordem começam a tomar impulso.
Gaia (Terra) nascida do Caos criou seu consorte Urano (Céu), o espírito se uniu a matéria e gerou as forças da natureza. A ordem do cosmo estava finalmente sendo estabelecida. Uma ordem de gestação e criação tomava o Universo. Urano torna-se rei deste Universo recém criado.
Gaia, tomada pelo esposo e filho, gerou os Titãs, os Ciclopes e os Hecatônquiros.
Os Ciclopes, "aqueles que têm um olho redondo", eram seres gigantescos e com um só olho no meio da testa. Com força e habilidade natural. Seus nomes eram Argés (relâmpago), Estérope (raio) e Brontes (trovão) .
Os Hecatônquiros era monstros de 50 cabeças e 100 braços. Seus nomes eram Coto, Giges e Briareu.
Os Titãs, eram personificações das forças da natureza, de forma antropomórfica. Oceano, era o envoltório de água que cercava a Terra. Tétis esposa de Oceano e mãe de todo os rios e ninfas oceânicas. Hipérion, a luz, pai de Hélios (o Sol), Selene (a Lua) e Éos (a Aurora). Mnemósine, a memória universal, mãe de todas as musas. Têmis, a justiça, mãe das Parcas, das Horas e de Astréia. Iápeto, pai de Prometeu, Epimeteu, Menécio e Atlas. Ceos, a inteligência. Febe, titânia da Lua, que com Ceos gerou Leto. Crio, Thea, Métis e Réa, a fecundidade.
E por fim, Cronos, o Tempo, o mais jovem dos Titãs.
Urano detestava os filhos, para ele formas monstruosas terríveis, escondendo-os no seio de Gaia, no terrível Tártaro que ficava nas mais longínquas profundezas do Érebo, de forma a aprisioná-los para sempre, longe do mundo de beleza. Além de, sem dúvida, temer que eles o roubassem o reinado.