Non Ducor, Duco

"És a divisa audaz, que, transpondo divisas,
Da Metrópole ao vale, à escarpa, ao bosque, ao monte,
E nada tens mister, de nada mais precisas,
Para, alargando a terra, afastar o horizonte.

Não buscas o filão, do veio nas pesquisas,
Quadridente pendão, sem o que amedrontes,
Braços de bandeirante, a sacudir-te às brisas,
Lá vai, a própria morte encarar fronte a fronte.

E, ó alma vegetal, planta rica e sadia,
Que do rubi do fruto à esmeralda do galho,
Te transformas em ouro, ouro que em ti irradia,
Aí estás agasalhando o paulista agasalho,
Que ó o berço da beleza e a fonte da energia.

Fonte da intrepidez e berço do trabalho!"

Emílio de Menezes

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