Rei da Lídia, filho de Zeus, foi abençoado pelos deuses como o mais rico e o mais próspero de todos os homens. Os deuses chegavam até a admiti-lo em seus banquetes e conselhos. Tântalo, porém, abusou da confiança nele depositada. Furtava néctar e ambrósia da mesa divina e dava-os aos homens, desejando torná-los imortais e partilhar com eles dos segredos olímpicos. Também foi perjuro. Quando Pandareu roubou o cachorro de ouro de Creta, onde guardara Zeus infante, levou-o para Tântalo; e quando pediram a este que o devolvesse, Tântalo jurou perante Zeus que nunca o tivera consigo. Finalmente, Tântalo convidou os deuses para um banquete e, querendo experimentá-los, serviu-lhes o próprio filho, Pélops, fervido num caldeirão. Todos os deuses se deram conta do fato e recusaram a ímpia comida, exceto Deméter, que, preocupada com Perséfone, comeu um ombro. Finalmente, os deuses puniram Tântalo, arremessando-o aos Infernos, onde ele foi condenado a sentir sede eternamente num poço de água. Quando se inclina para beber, o poço seca, e quando estende a mão para pegar as uvas que lhe desciam sobre a cabeça, elas lhe são arrancadas das mãos. E acima dele pende o Monte Sípilo, sempre ameaçando cair.