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Minos construiu navios e dominou o mar. Sua terra era guardada por um homem de bronze, Talo: três vezes por dia Talo se atirava numa fornalha e percorria a ilha. Se alguma pessoa pusesse os pés nas suas praias, ele a agarrava e, com um abraço de metal incandescente, queimava-a até matá-la. Medéia, por fim, matou-o. Conseguiu adormecê-la, abriu-lhe a veia da perna, por onde fluiu todo o seu sangue de fogo e ele morreu. Minos fez-se à vela para Mégara, onde reinava Niso. Mas não conseguiu capturar a cidade, pois Niso era invulnerável: tinha na cabeça um fio de cabelo purpurino entre os outros cabelos negros, e sua vida dependia desse único fio de cabelo. Ninguém sabia disso a não ser sua filha, Cila. Ela amava Minos e celebrou com ele um pacto, segundo o qual ela entregaria a cidade e depois o acompanharia a Creta. Cila arrancou o fio purpurino da cabeça do pai e ele morreu. Minos tomou a cidade mas desprezou Cila por sua traição e sua fraqueza, e recompensou-a pelos seus atos de um modo que ela não poderia esperar. Amarrou-a pelos calcanhares ao cadaste do navio e levou-a a reboque para Creta. Cila morreu afogada. A seguir, Minos capturou Atenas e exigiu um tributo da cidade - sete donzelas e sete rapazes para o Minotauro.