3-O Sacrifício de Ifigênia

Os gregos reuniram-se novamente em Áulis, na Beócia. Télefo ali apareceu como mendigo esfarrapado, pois o oráculo lhe dissera que somente o causador da sua ferida poderia curá-la. Télefo prometeu conduzir os gregos a Tróia, e Aquiles tocou-lhe a coxa com a lança; Télefo curou-se e sua terra voltou a ser fértil. Os deuses mandaram presságios aos gregos: uma cobra comeu os filhotes de uma ave no plátano sagrado, e duas águias despedaçaram uma lebre gestante. Calcas, o profeta, sabia que os gregos levariam dez anos na guerra, e que Ártemis exigia um sacrifício por Tróia, porque os ventos da Trácia retinham a frota. Agamenon era o chefe e os guerreiros gregos esperavam que ele proporcionasse um presente digno da deusa. Venceram-lhe a relutância natural e, em seu nome, mandaram buscar-lhe a filha, Ifigênia. Como os enviados lhe disseram que ela deveria seguir para desposar Aquiles, Clitemnestra deixou-a ir. Mas os guerreiros sacrificaram Ifigênia a Ártemis, que a arrebatou, substituindo-a por uma corça; Ártemis levou-a para a Táurida a fim de ser sua sacerdotisa e sacrificar todos os náufragos gregos. Entretanto, os ventos cessaram e os gregos chegaram a Tróia. Menelau venceu um combate singular com Páris por Helena, mas Afrodite salvou Páris; os troianos recusaram-se a devolver Helena, e a guerra começou.


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