O bondoso imortal tinha corpo de cavalo e tronco de homem. Tomando a forma de um garanhão, Crono o gerara ao unir-se à filha de Oceano. Quíron foi mestre de todos os filhos de heróis, e também do filho de Apolo, Asclépio, pois era versado no conhecimento das ervas. Vivia no meio de um povo lascivo, fisicamente parecido com ele, porém muito diferentes no temperamento e de origem diversa. Íxion, rei dos lápitas, homem maldoso, era o antepassado dos outros centauros. Casou com a filha de Deioneu, prometendo-lhe muitos presentes como preço da noiva. Mas quando Deioneu reclamou os presentes, Íxion convidou-o a participar de um banquete em sua casa, cavou um buraco debaixo da cadeira do sogro, recobriu-o com ramos de árvore e ateou-lhes fogo. Deioneu morreu queimado. Mas Íxion pereceu do mesmo modo. Zeus, a princípio, com pena dele, purificou-o do assassinato quando os outros deuses se recusaram a fazê-lo, e convidou-o a sentar-se à sua mesa. Íxion “retribuiu” à bondade de Zeus violentando Hera - pelo menos foi o que pensou. mas enganou-se, pois Zeus lhe adivinhara as intenções e fizera uma nuvem com a forma de Hera e, nessa nuvem, Íxion cobrira uma criatura monstruosa, o Centauro. Íxion presumia de haver-se igualado a Zeus - e este o amarrou a uma roda de fogo que gira com ele no ar para todo o sempre.