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Também chamada de Prosérpina, é filha de Zeus e de Deméter, e ele deu-a como esposa ao seu torvo irmão Hades. Deméter, todavia, desejava ter a filha consigo e escondeu-a na Sicília. Gaia criou o narciso e, com ele, atraiu Perséfone ao vale siciliano de Ena, que conduzia ao mundo subterrâneo. No momento em que Perséfone colhia o narciso, Hades arrebatou-a no seu carro. Deméter pôs-se a errar tristemente pela terra à procura da filha. Todas as cidades a rejeitaram, exceto Elêusis, perto de Atenas, onde a alegraram com gracejos e trataram com bondade. Depois, o Sol, que a tudo vê, contou a Deméter onde estava a jovem, e ela dirigiu-se a Zeus e exigiu sua filha de volta; imersa em sua dor e em sua cólera, Deméter não permitiu que madurassem os amenos frutos da terra. Esta ficou ressequida e árida, até que os homens começaram a morrer à míngua e os deuses perderam seus sacrifícios. Por isso Perséfone regressou a Elêusis mas anualmente torna a descer, quando os eleusinos armazenam suas sementes. Deméter ensinou-os a cultivar o cereal, para que ele volte a celebrar todos os anos os mistérios da Mãe e da Donzela. Os homens que assistiam aos ritos desses mistérios figuravam entre os mais abençoados.