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Deus do comércio, das estradas, das comunicações, dos oradores e dos escritores. Protetor dos ladrões, dos malandros, guardião dos viajantes, protetor dos rebanhos e do gado. Era mensageiro dos deuses e tinha sandálias com asas, para voar. Conserva sempre em sua mão direita um caduceu. O mais jovem e astuto dos imortais era Hermes. Zeus amava Maia e visitou-a numa caverna da Arcádia enquanto Hera estava dormindo. Ali, de manhã, Maia deu à luz Hermes e pô-lo no berço; ao meio-dia ele saiu do berço. Na entrada da caverna encontrou uma tartaruga; da sua carapaça fez a primeira lira, a cujo som cantou a história do próprio nascimento. Naquela noite, saindo sorrateiramente, roubou cinqüenta cabeças de gado de Apolo, levando-as de volta para a arenosa Pilos e usando sapatos de galhos entrançados a fim de confundir os rastros. Fez uma fogueira com paus de fogo e sacrificou dois bois, escondendo o resto numa caverna. Em seguida, voltou para casa, passando pelo buraco da fechadura, como um nevoeiro, e enfiou-se na cama. Quando Apolo o acusou do roubo, ele alegou que uma criança de peito não poderia roubar gado, e jurou perante Zeus que nunca transpusera o limiar da porta nem levara de volta o gado. Zeus riu-se do juramento falso e reconciliou os irmãos, entregando a lira a Apolo, que, entusiasmado, pôs-se a tocar, para que as Musas dançassem e cantassem a história do seu logro. Seu nome romano era Mercúrio, que vem da palavra merces, mercadora. É o deus da quarta-feira (Mercedi em francês), Mercurii dies era-lhe consagrado.